Diante da maior crise mundial de saúde em mais de cem anos e profundos reflexos econômicos, autoridades públicas devem tomar decisões técnicas, falar a verdade, ter transparência e fornecer dados reais. De maneira serena e equilibrada, unir pessoas e países. Esse tem sido o exemplo de líderes mundiais contra a Covid-19.
São Paulo foi o primeiro Estado a ter, no Brasil, um Centro de Contingência contra o coronavírus. Desde fevereiro, adotamos medidas de prevenção, limitando eventos públicos e recomendando a suspensão de atividades privadas até decretar a quarentena, em vigor desde 24 de março.
Reduzir o contágio é a forma correta de combater a nova doença, salvando o maior número possível de vidas. Na economia, precisamos garantir serviços essenciais e manter o maior nível de atividade possível das empresas.
Em São Paulo, liberamos R$ 500 milhões em crédito subsidiados às empresas, pela DesenvolveSP e Banco do Povo. Suspendemos o protesto de dívidas de pessoas físicas e empresas por 90 dias.
Na área social, isentamos por 90 dias as famílias que pagam a tarifa social de água e fizemos acordos para evitar cortes de energia elétrica e gás. Criamos repasses de R$ 55 mensais para garantir a segurança alimentar de 700 mil estudantes inscritos no cadastro único. A rede Bom Prato passou a servir três refeições diárias, sete dias por semana, em embalagens descartáveis.
Uma pandemia exige medidas extraordinárias, ainda que temporárias. Mais da metade da população do planeta está aconselhada, ou obrigada, a permanecer em casa. E São Paulo não é uma ilha, o Brasil não é uma ilha.
Os esforços prioritários são para resguardar e ampliar os serviços de saúde para salvar mais vidas. A grande maioria da população entendeu as necessidades das medidas excepcionais, oferecendo colaboração e solidariedade a quem precisa.
Estamos ganhando dias preciosos para produzir mais testes e diagnósticos. Fabricar respiradores para pacientes casos graves da Covid-19 e instalar milhares de leitos para quem manifestar sintomas. E preparar mais equipes de saúde para o atendimento.
O passo inicial é controlar a epidemia. Só se reconstrói a economia se mantivermos a curva de contaminação achatada e tratarmos os pacientes em estado grave. São ações urgentes, que demandam dos governantes o espírito de união e de cooperação. São Paulo faz parte desse esforço mundial. Juntos, vamos superar a crise.