O governador João Doria (PSDB) anunciou a chegada, nesta sexta-feira, de 2 milhões de doses prontas da vacina contra o coronavírus, a Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. Trata-se do maior lote de vacinas que chega à América do Sul até o momento.
Este terceiro lote do imunizante chega a São Paulo durante a manhã, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
"A pressa pela vacina é a pressa pela vida. Todos os brasileiros de bem têm pressa. São Paulo, reafirmo aqui, começará a vacinar no dia 25 de janeiro", afirmou o governador. "A corrida pela vida é contra o tempo. Não podemos ignorar o senso de urgência diante de uma pandemia. Assim estão agindo líderes de outros países, imunizando suas populações e oferecendo esperança a todos. Não há razão para não fazermos o mesmo no Brasil", acrescentou.
Esse é terceiro lote que o Butantan recebe em menos de um mês da biofarmacêutica Sinovac Life Science, com sede na China. O carregamento chegará em uma aeronave da Swiss Air Lines, após o embarque em Pequim, nesta quinta.
Com o recebimento desse lote, o Butantan já detém 3,12 milhões de doses disponíveis para uso imediato tão logo haja autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A produção local também já começou, com a chegada de matéria-prima para envase e rotulagem na fábrica de imunizantes do instituto.
Na semana passada, o Butantan confirmou que o estudo clínico conclusivo da vacina contra o coronavírus será divulgado no próximo dia 23. A medida dá mais agilidade aos trâmites de certificação na Anvisa e demais órgãos internacionais de saúde.
A decisão atende a recomendação do comitê internacional independente que acompanha a pesquisa do Butantan em parceria com a Sinovac. A fase três do estudo clínico no país será encerrada nesta semana, já que o patamar ideal de 154 voluntários com diagnóstico positivo de coronavírus foi superado.
"No dia 15 de janeiro, teremos prontas para uso 9 milhões de doses. No começo de fevereiro, 22 milhões de doses e, no dia 15 de março, outras 15 milhões", afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.