De mãos dadas todos se tornam mais fortes! Várias são as mobilizações de diversos setores para ajudar o HE (Hospital de Esperança) de Presidente Prudente a manter sua funcionalidade sem comprometimento, para que possa a cada dia atender mais e como merecem as pessoas que necessitam dos cuidados médicos da unidade hospitalar tão importante para todo o Estado. Já está confirmado até um show com os mais novos amigos do HE, a dupla Edson & Hudson, no dia 30, no Salão do Limoeiro, um presente do empresário Gerismar José Cavalcante Júnior.
Após a audiência pública realizada no início da noite de quarta-feira, na Câmara Municipal de Presidente Prudente, pelo Conselho Municipal de Saúde, foi lavrada uma ata pedindo ajuda do governo estadual, com todos os pontos essenciais sobre o que o hospital precisa expostos, a ser entregue em mãos ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), que estará no município no dia 20.
“A audiência foi muito boa, muito produtiva, acredito que com a vinda do governador teremos boas novidades no dia 20. Estou bastante esperançoso, vi sinceridade no rosto de todos que se propuseram a ajudar, então, tenho certeza que colheremos bons frutos”, expôs confiante o presidente do conselho, Valdinei Vanderley da Silva.
Felício Sylla, presidente do Hospital de Esperança, diz que com a dispensa de funcionários e redução de entrada de pacientes no hospital, as condições financeiras devem começar a entrar num certo equilíbrio. Segundo ele, por enquanto ainda está no negativo, mas como estão atendendo de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde), entrando menos pacientes gasta menos remédios, diminui pagamento de médicos...
“Mas estamos conseguindo. Acreditamos que no dia 20 o governador dará uma solução. O hospital não vai fechar, não vai deixar de atender, temos mais de 10 mil pacientes sendo atendidos, fazendo quimioterapia, radioterapia. Alguns vão a cada seis meses somente para acompanhamento. O hospital está caminhando, só o fluxo de entrada de pacientes que fomos obrigados a diminuir”, enfatiza o presidente do HE.
Conforme Sylla, o hospital está com um déficit de aproximadamente R$ 5 milhões, mas com contas a vencer. “Por exemplo, nós temos um empréstimo de 30 meses para pagar no valor de R$ 2 milhões. Devendo de imediato é coisa de R$ 2,2 milhões. E em longo prazo vai para uns R$ 4,5 milhões mais ou menos”, acrescenta o presidente do hospital.
Foto: Reprodução/Site
Felício Sylla: “O hospital não vai fechar, não vai deixar de atender”
Em requerimentos, dois deles aprovados na segunda-feira (9), os vereadores da 18ª Legislatura da Câmara Municipal de Presidente Prudente pedem ao governo do Estado aporte financeiro e aumento do teto SUS ao Hospital de Esperança.
As cobranças foram feitas após reunião dos vereadores com a diretoria do Hospital de Esperança, realizada no dia 3 de maio.
“A fila de pessoas acometidas com o câncer na região de Presidente Prudente é grande e a cada dia aumenta devido à falta de leitos SUS disponíveis, em que pese a estrutura física do Hospital de Esperança estar pronta para 140 leitos e com equipamentos considerados entre os melhores do mundo; ou seja, existe a demanda da sociedade, existe o local disponível para o tratamento, mas é preciso o aumento do teto do SUS disponível para as famílias do oeste paulista”, apontaram os parlamentares nos requerimentos.
A Câmara destacou ainda que “o hospital não possui condições de angariar fundos para manter seu funcionamento de forma continua somente com ações junto à sociedade civil e, por isso, teve que passar a realizar somente o número de atendimentos acordado em FPO [Ficha de Programação Orçamentária], até que, com a entrada de novos recursos, seja possível a realização de atendimento de pacientes em quantidade normal”.
Em nota à reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde mencionou que sempre mantém diálogo com gestores de Saúde de todas as regiões, inclusive de Presidente Prudente, além de apoiar no fortalecimento e ampliação da assistência. Por conta disso, no ano passado, a pasta firmou convênio com o Hospital de Esperança no valor de R$ 3,6 milhões. “Desde 2020, o Estado já repassou R$ 21 milhões à entidade para apoio à assistência, incluindo atendimento aos casos graves da Covid-19”.
Foto: Sinomar Calmona
Audiência pública discutiu situação do Hospital de Esperança