Nos dias de hoje cada um se vira como pode para tocar a vida, pagar as contas e seguir em frente. Em suma: é a sobrevivência em jogo e cada um dá os seus pulos para ter um dinheirinho por mais mixuruca que seja, já que emprego com carteira assinada ainda não está fácil de encontrar.
Duas mulheres de Prudente juntaram forças, se uniram e, hoje, mantêm o negócio delas a céu aberto. Isso mesmo: em plena rua. As mulheres - uma negra e a outra branca - montaram uma barraquinha na Avenida Ana Jacinta, na esquina com a lotérica, e ali vendem alface, milho e pão de mel.
Amigas do peito e vizinhas, dona Lúcia e dona Jose já dobraram o Cabo da Boa Esperança em matéria de idade. Ou seja: já são sessentonas, mas aguentam o tranco da vida difícil. Com seus belos e reluzentes olhos azuis, Jose vende alface, enquanto Lúcia é a "empresária" que comercializa milho e pão de mel.
"O pé de alface custa R$ 7", explica dona Jose. Ela garante que a verdura é de boa qualidade: "Eu mesma planto, não tem agrotóxico", completa. E o milho e o pão de mel de Lúcia? "Muito saboroso, não quer um pão de mel?", diz ao cronista. "Meu milho é ótimo, assim como o pão de mel", explica.
E a renda no fim do dia? "Tem dia que vende bem, deixa a gente contente", observa Jose, acrescentando que as duas amigas trabalham duro. De fato, elas chegam cedo e vão embora no fim da tarde. Folga? Só no domingo. As amigas lutam pela sobrevivência de segunda a sábado.
DROPS
Fiado só depois de amanhã.
Não deixe para amanhã o que você pode fazer na semana que vem.
Os EUA têm tornado. O Brasil tem Tony Tornado.
Agora vai: Neca Setúbal é a favor da taxação dos super-ricos.