A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo e as unidades regionais do Sipol (Sindicato dos Policiais Civis) planejam novas ações de reivindicações para sensibilizar o governo do Estado sobre a atual situação da Polícia Civil, como a falta de servidores, excesso de trabalho sem remuneração extra, estrutura, e outras. Entre as ações estão paralisações periódicas, manifestações, e campanha publicitária para esclarecimento à população.
Assembleia em Bauru reuniu 880 representantes do Estado, incluindo 60 policiais da região
O assunto foi tratado ontem à tarde, em uma assembleia na sede da subseção da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo), em Bauru (SP), e reuniu cerca de 880 representantes de todo o Estado, incluindo cerca de 60 policiais civis da região de Presidente Prudente. De acordo com o presidente do Sipol da regional de Prudente, Fábio Morrone, o encontro começou às 12h e se estendeu até às 14h30.
Entre as pautas, eles trataram que vão reforçar a cobrança do governo com a reposição de servidores de forma urgente, na seguinte ordem: investigadores, escrivães, delegados e agentes policiais, e demais carreiras. "O descaso do governo com a polícia é grande. Somente na nossa região faltam cerca de 350 policiais civis. O Estado alega que houve várias contratações, mas, ao longo de cinco anos, somente cerca de 30 servidores que passaram pela Academia de Polícia ficaram na região. É insuficiente", frisa.
Morrone diz que greve, por enquanto, não está nos planos, mas não é algo descartado. "Greve somente em último caso, mas, pelo que vemos, tudo caminha para isso, porque não há uma posição firme por parte do Estado", diz.
As ações com datas e formatações serão definidas e divulgadas ao longo das semanas. "Este encontro ganhou grande vulto e foi muito bem representada por suas regionais, em todas as áreas da Polícia Civil. Esperamos que nosso trabalho surta efeito breve", destaca o sindicalista.
A reportagem procurou pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) - pasta responsável pela gestão da polícia paulista - para se posicionar sobre o assunto, mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada.