O início da campanha de vacinação contra a Covid-19 nos profissionais da educação animou e trouxe boas expectativas para os sindicatos que representam a categoria. O coordenador regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo), William Hugo Correa dos Santos, por exemplo, afirmou ver com “muita emoção” esse processo que agora contempla professores e demais profissionais da área e afirmou que a luta agora é para que todos os servidores, independente da idade, tenham a imunização garantida. A reportagem também ouviu os representantes do ensino público municipal e das escolas particulares.
Ainda conforme William, o sindicato vem desde antes do início da vacinação para os idosos e profissionais da saúde na luta para que a educação fosse incluída no cronograma de vacinação, o que não ocorreu. Porém, é com felicidade que ele afirma ver esse desejo se tornar realidade, mesmo que apenas para os profissionais com 47 anos ou mais, o que já é uma conquista. “Isso vai permitir nosso retorno presencial de forma ainda mais segura, pois quando nós tivemos esse retorno há alguns meses, infelizmente registramos casos de profissionais contaminados e até mesmo alguns que morreram, antes de receberem essa vacina”, comentou.
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Presidente Prudente e Região, Antonio Batista Grosso, também comemorou esse início de vacinação. Ele afirma que a importância, além de preservar a vida dos profissionais, está em garantir um retorno ainda mais seguro para dentro das salas de aula. “Por mais que tivemos uma adesão significativa no ensino híbrido, sabemos que muitas são as famílias que ainda possuem receio em relação a enviar ou não o filho para a escola, e essa imunização vai ampliar nosso retorno presencial”. Ele comenta, no entanto, que essa inclusão dos profissionais da educação deveria ter sido feita ainda no início da imunização no país, mas comemorou a conquista.
Para a presidente do Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região), Luciana Telles, a inclusão da vacina aos profissionais da educação foi uma “vitória da mobilização” da categoria de todo o país. “A vacinação é um passo a mais nessa luta, porém, também precisamos de condições sanitárias seguras e adequações nas unidades escolares”. Para o sindicato, considerando o alto nível de contágio e mortes, o retorno das aulas presenciais só será seguro quando todos os envolvidos forem vacinados, ou seja, todos os profissionais de educação, sem nenhuma exceção, alunos e seus familiares. “Enquanto não houver vacina para todos, não é seguro”.
Na semana passada, o Estado anunciou a antecipação da primeira etapa do plano de imunização dos trabalhadores da educação. O início, que estava previsto para esta segunda-feira, poderia ocorrer já no sábado, em todo Estado. Conforme o governo, poderão ser vacinados os profissionais que atuam nas escolas das redes pública e privada com idade a partir de 47 anos. “Serão imunizados funcionários que atuam em diversas funções, como secretários, auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários”.
Primeiro passo: Para receber a vacina, os profissionais devem fazer o cadastro na plataforma VacinaJá Educação, por meio do site www.vacinaja.sp.gov.br/educacao. Até sexta-feira já haviam sido cadastrados mais de 465 mil profissionais no Estado. No momento do preenchimento do cadastro na plataforma VacinaJá Educação, os profissionais deverão informar número do CPF (Cadastro de Pessoa Física), nome completo e e-mail.
Segundo passo: Em seguida, eles receberão um link no e-mail indicado para validação e continuidade do cadastro. É importante verificar se o e-mail não foi deslocado para a caixa de spam. Na sequência, o profissional deve confirmar dados pessoais completos e apontar nome da escola, rede de ensino, município e cargo ocupado, segundo o Estado. “Para as redes municipais, particulares e federais também é necessário anexar os holerites dos meses de janeiro e fevereiro”.
Terceiro passo: Na sequência, o cadastro passará por um processo de análise e, se validado, o profissional receberá, por e-mail, o comprovante VacinaJá Educação. O documento contém um QRCode para verificação de autenticidade. No momento da vacinação, o profissional da educação deverá apresentar o comprovante VacinaJá Educação, RG (Registro Geral) e CPF para conferência dos dados pelo profissional de saúde. Caso o usuário não apresente o comprovante, ele não poderá ser imunizado.