A greve dos bancários começa oficialmente hoje e, com ela, aproximadamente 900 funcionários das agências distribuídas pela região de Presidente Prudente devem paralisar suas atividades. O número corresponde à cerca de 75% do efetivo das 70 agências localizadas nos 18 municípios da área de abrangência do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, que gira em torno de 1,2 mil bancários. No entanto, ainda assim, o sindicato espera que a quantidade de adeptos ao movimento aumente conforme o passar dos dias.
Para isso, a partir das 7h30 de hoje, os representantes do sindicato prometem tomar as portas das agências da região, com o objetivo de convencer os companheiros de categoria a se associar ao movimento grevista. "Montamos uma comissão de esclarecimentos em Prudente e região, que estará a partir de amanhã na frente das agências, convencendo os bancários a aderir ao movimento e não entrar para trabalhar", comenta Edmilson Trevisan, presidente do sindicato.
As 40 agências situadas em PP devem aderir ao movimento
Historicamente deflagrada em outubro, neste ano a greve foi antecipada para setembro, em razão da escassez das rodadas de negociações. Conforme publicado recentemente por este diário, o sindicato alega que apresentou suas propostas, mas esbarrou na negativa dos banqueiros, que teriam definido "que não haveria como se aproximar mais do pedido da categoria", argumenta.
Com as negativas, a categoria aprovou a greve em assembleia, realizada na sexta-feira. Durante as negociações, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu 6,5% e um abono de R$ 3 mil aos trabalhadores. Mas os bancários reivindicam um reajuste de 14,78% - que inclui reposição inflacionária do ano, mais 5% de aumento real. Além de uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais um fixo de R$ 8.279,61; e um aumento no vale-refeição de R$ 652,08 para um salário mínimo, R$ 880; e vale-alimentação de R$ 491,52 também para um salário mínimo. A classe ainda cobra o fim do assédio moral, das metas abusivas e das demissões, como também a abertura de mais vagas de empregos.
Adesão parcial
Segundo Edmilson Trevisan, a paralisação deve ter uma adesão de cerca de 900 bancários logo neste primeiro dia. Neste total estão inseridos os funcionários de todas as 40 agências bancárias localizadas em Prudente. O restante está distribuído nas agências das outras 17 cidades da região, mas nem todas elas devem aderir à greve no primeiro dia, conforme o presidente do sindicato. "A adesão deve aumentar e o movimento ganhar corpo com o passar dos dias. Sabemos que todas as agências de Prudente irão aderir, assim como parte dos estabelecimentos dos demais municípios", relata.
Com uma adesão de 98% do efetivo regional, os bancários ficaram parados por 22 dias em 2015. Neste ano, conforme a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), entidade representativa patronal da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), "as negociações estão em andamento". Além disso, defende que "os benefícios pagos aos bancários estão entre os mais altos do mercado", expõe.
DICAS AO CONSUMIDOR
- Embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança, a obrigação da empresa credora é oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados;
- Algumas redes de supermercados têm caixas específicos para o pagamento de faturas de água, luz, gás e telefone;
- A recomendação é que o consumidor fique atento aos prazos de vencimento das contas e entre em contato com a empresa para solicitar opções de formas e locais para pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, entre outros;
- O consumidor deve documentar esse pedido por e-mail ou anotar o número de protocolo de atendimento, para que, caso o fornecedor não disponibilize opções para quitar o débito, possa reclamar junto a um órgão de defesa do consumidor;
- Para sua segurança, não aceite ajuda de estranhos ao utilizar os caixas eletrônicos.
Fonte: Fundação Procon-SP
