O mês de setembro é sinônimo de conscientização, esperança e, acima de tudo, empatia. Com a campanha "Setembro Amarelo", uma luz é lançada sobre um tema que ainda carrega estigmas profundos: a saúde mental e a prevenção do suicídio.
O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro, nos lembra da importância de estar atento àqueles que, muitas vezes, sofrem em silêncio. Sob o lema deste ano, “Se precisar, peça ajuda!”, reforça-se um chamado à coragem e à solidariedade. No entanto, essa data não deve ser encarada como um lembrete isolado. A prevenção e o apoio às pessoas emocionalmente fragilizadas precisam ser permanentes, sendo abraçados por toda a sociedade durante os 365 dias do ano.
A campanha, por mais necessária e impactante que seja, não pode limitar-se a um mês específico. A realidade é que milhares de pessoas ao redor do mundo enfrentam, diariamente, lutas internas invisíveis. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o suicídio é uma das principais causas de morte no planeta, com mais de 700 mil vidas perdidas por ano. São números alarmantes que reforçam a necessidade de uma vigilância constante e de uma rede de apoio que transcenda as ações temporárias.
Enquanto sociedade é preciso cultivar uma cultura de compreensão e de abertura para o diálogo sobre saúde mental. Não basta dizer "procure ajuda". É necessário criar ambientes em que as pessoas se sintam seguras e amparadas para dar esse primeiro passo. Amigos, familiares, colegas de trabalho, todos têm um papel fundamental ao oferecer ouvidos atentos e corações abertos, sem julgamentos, para aqueles que estão em sofrimento.
Que o Setembro Amarelo, marcado pela busca da prevenção, se transforme no ano inteiro amarelo – um ciclo contínuo de empatia, cuidado e preservação de vidas. Afinal, quem precisa de ajuda deve encontrar portas abertas, em qualquer tempo e em qualquer lugar.