Uma em cada cem mortes ocorre por suicídio. Essas são as últimas estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicadas em relatório no mês de junho deste ano, indicando essa realidade como uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em alusão ao Setembro Amarelo e como forma de contribuir com a causa, alunos da Medicina Jaú da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), por meio da Proext (Extensão e Ação Comunitária), promovem o segundo Simpósio Online de Prevenção ao Suicídio, que teve início ontem e segue até esta sexta-feira.
Acadêmicos, profissionais da saúde e demais interessados participam de três palestras com temas que discutem as diversas situações de vulnerabilidades relacionadas ao suicídio. O evento é online e totalmente gratuito. Ao final, será entregue certificado aos participantes.
O evento foi idealizado pela Laps (Liga Acadêmica de Psiquiatria) da Medicina Jaú. De acordo com a estudante do 6º termo e presidente da liga, Sofia Olbrich dos Santos, 26 anos, o grupo de alunos viu a necessidade de promover essa atividade em razão da problemática de saúde pública que ronda o suicídio.
"Com a pandemia e o isolamento social ficou evidente que nossa saúde mental não deve ser negligenciada. E o objetivo do simpósio é bater nessa tecla para informar os estudantes sobre maneiras de valorizar a vida e de como acolher pacientes em situações de extrema dificuldade", pontua.
Ainda segundo a aluna, tal questão pode ser contornada com o treinamento adequado dos profissionais da saúde, que na ocasião da percepção dos sinais comuns do paciente suicida podem encaminhá-lo para o centro de referência mais adequado e incentivá-lo a buscar ajuda. “Queremos promover uma rede de discussão e reflexão acerca do tema, sobretudo o fator exponencial que ele apresenta em virtude do atual cenário pandêmico que tem nos trazido tantos prejuízos, inclusive emocionais”, inteira.
Para a psicóloga e professora orientadora da Laps - Jaú, Ana Paula Gasparotto Paleari, o evento traz assuntos importantíssimos e que devem ser tratados não apenas no mês de setembro, mas durante o ano todo. “O tema, que ainda é tabu no nosso cotidiano, deve ser desmistificado, deve ser explanado para maior entendimento tanto de profissionais quanto de leigos, só assim conseguiremos chegar mais próximos do sofrimento alheio e fazer algo em prol disso. Por isso, se faz tão importante esse simpósio, que é de caráter, informativo, reflexivo e preventivo”, afirma.
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