Setembro Amarelo conscientiza sobre prevenção ao suicídio

Dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio; neste ano, lema é “Se precisar, peça ajuda!”

Saúde & Bem Estar - Cassia Motta

Data 10/09/2024
Horário 08:35
Foto: Divulgação
Movimento tem sido crucial para aumentar a visibilidade dos problemas relacionados à saúde mental no Brasil
Movimento tem sido crucial para aumentar a visibilidade dos problemas relacionados à saúde mental no Brasil

O mês de setembro é marcado pela campanha “Setembro Amarelo”, que busca prevenir casos de suicídio por meio de incentivos aos cuidados com a saúde mental. O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado hoje, dia 10 de setembro, para reforçar a importância do cuidado com a saúde mental. Neste ano, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”.

Mas, o assunto ainda é envolto em tabus. Segundo a psicóloga Marily Meira Brandão, anos atrás existia muito preconceito e as pessoas tinham medo, vergonha em falar sobre o suicídio. “Mesmo nos dias atuais, ainda não se discute muito. Sabemos que é um assunto que choca a sociedade, mas é preciso falar, debater, para poder evitar. É uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ser ajudadas a partir do momento que as mesmas são identificadas”.

O suicídio é uma realidade que envolve diferentes fatores. A psicóloga diz que as pessoas com ideias suicidas demonstram sinais. “Inicialmente podem apresentar um certo isolamento ou perda do apetite. A pessoa também pode ficar um tanto deprimida ou até mesmo com uma emotividade maior que o normal, podendo ser o início de uma depressão, mudanças de comportamento no geral”, ressalta a psicóloga.

Nestes casos, a família deve estar atenta e buscar ajuda de um profissional - um psicólogo - e nos casos mais agudos, também procurar um psiquiatra para ajuda medicamentosa. “Hoje temos muitos casos até na infância e adolescência. Geralmente crianças que se automutilam, expressando assim uma descarga de uma dor íntima muito elevada. Quando a pessoa - criança ou adolescente - está verbalizando a desesperança, pode ser um pedido de socorro”.

O suicídio não discrimina. Qualquer pessoa, de qualquer raça, sexo, idade ou nível socioeconômico pode sentir-se suicida em qualquer momento de suas vidas. “O suicídio mostra desesperança e desespero. A pessoa se sente só e incapaz de reverter uma situação ou sentimentos. Por isso é importante falar sobre isso, ficar atento aos primeiros sinais e procurar ajuda profissional o mais rápido possível”, pontua Marily.

Ações em Prudente

Setembro é um mês de grande importância para a conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Com isso, a Prefeitura de Presidente Prudente realizará uma série de atividades nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) locais. As datas e horários são os seguintes:

Caps i

- 17/09 e 18/09: Palestras às 9h e 14h30 na Fundação Mirim;

- 25/09: Atividades com pacientes no período da manhã;

- 30/09: Roda de conversa às 9h, no Caps Maracanã.

Caps Maracanã

- 20/09: Roda de conversa no Caps III Ana Jacinta sobre cuidados com a saúde mental;

- 25/09: Café da manhã às 8h30 com os pacientes do Acolhimento Diurno, com a participação da equipe do Caps Ana Jacinta e Maracanã, seguido por uma apresentação musical do grupo Utopia às 9h30;

- 30/09: Roda de conversa às 8h30, no Caps Infantil.

Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2014 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), uma organização que oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio no Brasil. A escolha do mês de setembro está relacionada diretamente ao fato de que o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado no dia 10 de setembro. Já a cor amarela foi escolhida porque representa luz e esperança.

O movimento tem sido crucial para aumentar a visibilidade dos problemas relacionados à saúde mental no Brasil, contribuindo para uma maior compreensão da gravidade destes problemas e tem ajudado a salvar vidas ao encorajar as pessoas a procurar ajuda.

Além disso, tem colaborado para a criação de políticas públicas e ações de saúde mais eficazes, promovendo um ambiente acolhedor para aqueles que enfrentam dificuldades emocionais e psicológicas.

Foto: Arquivo pessoal


Marily: “Sabemos que é um assunto que choca a sociedade, mas é preciso falar, debater, para poder evitar”

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