O período quaresmal termina neste domingo, iniciando a Semana Santa. A “Semana Maior”, como é chamada pelos católicos, firma os dias que antecedem a Páscoa. Tudo começa com a Missa de Ramos, celebrada em todas as paróquias. Neste período, há celebrações, orações e contemplação de vida e morte de Jesus Cristo. De acordo com o padre da Diocese de Presidente Prudente, Paulo César da Costa, 37 anos, a semana é importante ao católico, porque ela faz reviver os últimos momentos da vida de Jesus.
Desde os primórdios da igreja, os cristãos revivem esses dias sempre com intuito de fortalecer a fé. “São momentos fortes, que cada comunidade cristã busca para celebrar bem a Páscoa”, afirma o sacerdote.
Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos é lembrado pela entrada de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a paixão, a morte e a ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde ele passava. O padre explica que neste dia se proclama dois evangelhos. O primeiro narra à entrada de Jesus em Jerusalém, sendo acolhido por todos. E o segundo evangelho, toda a trajetória até a cruz.
Procissão do Encontro
Na Quarta-feira, especialmente no interior, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro”. Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. De acordo com o padre, durante essas procissões, cada comunidade tem liberdade de fazê-la como desejar ou se inspirar. O intuito desse encontro é fazer um apelo à conversão usando de dramaturgia para exortar os fiéis.
Missa dos santos óleos
Missa de Lava-pés
A missa de Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Jesus. O rito não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete a mesma ação de Jesus. “O bispo ou o padre lava os pés de algumas pessoas da comunidade durante a Santa Missa da ceia do Senhor e nela a igreja busca educar a comunidade cristã para o serviço”, expõe o padre.
Sexta-feira Santa
A Sexta da Paixão leva os devotos a lembrarem da paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração marca este dia que não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Jesus. Neste dia, segundo o padre, a ação litúrgica pode acontecer em três horas fixas, às 9h, às 15h ou às 18h. “Cada comunidade busca o melhor horário para realizar a celebração que é composta de 4 momentos: Paixão proclamada - que se lê as leituras que falam do sacrifício de Jesus e do evangelho narrando os últimos fatos da vida de Jesus. Paixão invocada - que constitui a solene oração universal - que é a mãe das preces da comunidade que realizamos aos domingos em cada Santa Missa. Paixão venerada - que constitui a adoração da cruz . Paixão comungada - que constitui a comunhão eucarística.”
Sábado de Aleluia
No dia a principal celebração é a “Vigília Pascal” em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Jesus Cristo. A grande lição é que o Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos e triunfa sobre a morte. “Ela é a celebração mais importante de toda a igreja. Ela inicia sempre fora da igreja com a liturgia da luz onde preparamos o Círio Pascal - uma vela maior e bem ornada que representa a presença de Jesus ressuscitado entre nós”, expõe o padre.
Domingo de Páscoa
A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. “Vencida a morte, celebra-se a vida. Jesus Cristo, o cordeiro imolado, morrendo destruiu a morte e ressurgindo deu-nos vida nova. Hoje é um dia imenso para todo cristão, pois, Cristo Nosso Senhor e Salvador vive para sempre”, destaca.