Sem os cuidados necessários, dengue chega pra ficar

EDITORIAL -

Data 28/12/2022
Horário 04:15

As típicas chuvas de janeiro chegaram mais cedo e já ocorrem em diversas partes do país. Com o calor que tem feito nos últimos dias e a falta de cuidados da população com relação aos possíveis criadouros do Aedes aegypti, não é difícil prever o que vem por aí, como ocorre todo início de ano. Especialistas alertam para uma grande epidemia.
Conforme matéria divulgada na edição de hoje, em um ano, o Brasil atingiu a triste marca de quase mil óbitos por dengue. Até o dia 10 deste mês, houve 1.406.022 casos prováveis da doença e 980 mortes confirmadas - outras 94 estão em investigação -, patamar semelhante ao de 2015, quando houve o recorde de 1.688.688 casos prováveis e 986 óbitos.
Em Presidente Prudente, de acordo com o novo balanço divulgado na segunda-feira pela VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), houve um aumento de 243% de casos positivos em 2022 em comparação com 2021. Neste, a cidade teve 7.479 registros, ou seja, mais do que o triplo do ano passado, quando houve 2.180 confirmações. Também teve um aumento expressivo no número de mortes pela doença: uma em 2021 e cinco em 2022.
O assunto foi abordado neste espaço diversas vezes no ano. O alerta foi feito. E os moradores - que não se empenham ou não se preocupam em ajudar - continuam sendo os grandes responsáveis pelo aparecimento e a proliferação do mosquito. Além daqueles que não fazem a limpeza dos quintais, na tentativa de eliminar os possíveis focos do Aedes, tem pessoas que ainda impedem ou dificultam a visita dos agentes nas casas. 
Todos devem fazer o seu papel. É obrigação do cidadão vistoriar a casa e eliminar o foco. Precisamos olhar o nosso ambiente pelo menos uma vez por semana. No caso dos terrenos baldios, se tiver sujeira e souber quem é o dono, denuncie.
Apesar de muitos já saberem o que pode ou não ser feito, sempre vale a pena repetir e alertar. São medidas simples que podem fazer toda a diferença e afastar o perigo da dengue. Evite o acúmulo de água em recipientes como pratos, vasos, caixas d’água destampadas, garrafas e pneus; remova folhas, galhos e tudo que possa acumular água correr nas calhas; limpe sempre as piscinas; coloque o lixo em sacos plásticos; e mantenha a lixeira fechada. Melhor do que se complicar com as consequências é se prevenir. E a população continua sendo a principal arma nesta luta!

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