Como se não bastassem os mais de 400 registros de dengue já catalogados por aqui neste ano e os casos de infecção pelo novo coronavírus, que continuam a aumentar no mundo todo - no Brasil, até ontem à noite, já eram oito confirmações e, em Presidente Prudente, dois registros suspeitos aguardam por resultados de exames -, agora a leishmaniose volta a preocupar.
Conforme divulgado na edição de hoje, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) anunciou ontem os primeiros casos de LVC (leishmaniose visceral canina) de 2020 na cidade. Dos 19 registros, que são referentes ao mês de janeiro, 18 são autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município e apenas um importado. Ainda deve haver outros casos, já que os de fevereiro ainda estão sendo computados.
Dias chuvosos e altas temperaturas são fatores de risco para a proliferação do Aedes aegipty, que transmite não só a dengue, mas também a febre chikungunya e o zika vírus, e do mosquito palha, menos famoso, mas tão perigoso quanto, sendo o agente causador da leishmaniose.
Este tipo de inseto, que se alimenta de sangue e pode transmitir a doença para animais e também humanos, tem condições favoráveis de criadouros em materiais orgânicos em decomposição, como galhos, folhas, madeiras velhas e frutas que caem das árvores e apodrecem no solo.
O CCZ realiza intenso trabalho para controle da leishmaniose na cidade, incluindo a conscientização dos munícipes, a chipagem de cães e a coleta de exames. Neste sábado, inclusive, está confirmado o plantão no Parque Alvorada. Porém, a maior arma da população contra estes mosquitos continua sendo a limpeza dos quintais.
Sem a colaboração dos moradores, seja mantendo suas casas limpas, facilitando a entrada dos agentes e comparecendo às ações que visam verificar a saúde dos animais, fica difícil ficar livre destas doenças.
Muitas delas fogem do nosso controle. Mas uma grande maioria podemos prevenir. E a prevenção, sem dúvida alguma, é bem mais fácil e até mais barata que remediar...