O secretário municipal de Saúde, Breno Erbella Casari, expressa preocupação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe em Presidente Prudente. Segundo dados divulgados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), ao todo, foram aplicadas 51.758 doses da vacina. Dentro dos grupos prioritários, foram administradas 36.589 doses, representando 45% do total. As demais pessoas receberam 15.169 doses.
“Nós tínhamos uma meta de atingir 95% das pessoas e o máximo que a gente pudesse atingir da população de modo geral. No último domingo foi encerrada essa campanha da vacina e a gente fica muito triste”, afirma o gestor da pasta de Saúde em relação à campanha de vacinação contra a influenza.
Segundo Breno, a Secretaria de Saúde tentou diversas estratégias para aumentar a cobertura vacinal, incluindo a vacinação nas escolas e durante a campanha de poliomielite. No entanto, nenhuma dessas iniciativas conseguiu alcançar as metas estabelecidas pela pasta. “Infelizmente, em nenhuma das campanhas que fizemos neste ano atingimos a meta. Eu, enquanto gestor, penso que ficamos muito aquém daquilo que é necessário. Isso pode trazer consequências futuras muito grandes, visto que essas vacinas são de prevenção de algumas doenças”, ressalta o secretário.
Breno pontua que o impacto da baixa adesão à vacina já está sendo sentido na cidade. “Em relação à gripe, nós tivemos as consequências agora, com nossos prontos-socorros lotados. O número de internações de pacientes com síndrome gripal aumentou demais, visto que a gente não teve uma colaboração geral do público. Neste período pós-pandêmico estamos vivendo um período muito triste em relação às campanhas de vacinação”, expressa o secretário.
No dia 8 de abril, a Sesau de Presidente Prudente iniciou a 25ª edição da campanha de vacinação contra o vírus da influenza, causador da gripe, para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. A ação seguiria até 31 de maio, porém, foi ampliada e encerrada no último domingo.
O público-alvo da campanha foram idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e rodoviário, forças de segurança e funcionários do sistema prisional.
De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
Segundo a pasta, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. “A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina contra a gripe. Devido a essa mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe”, expõe. Este imunobiológico oferecido no SUS (Sistema Único de Saúde) protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.