A Secretaria de Saúde da Estância Turística de Presidente Epitácio realizou nesta semana, através da Vigilância Epidemiológica e do Covepe (Controle de Vetores), uma reunião de Sala de Situação para discutir o plano municipal de enfrentamento e contingência de epidemia de dengue, com a presença de representantes da Santa Casa, Câmara de Vereadores, Secretarias Municipais, ESFs (Estratégias de Saúde da Família), Vigilância Sanitária e Fiscalização Municipal, no Anfiteatro “João Brilhante”.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Municipal, Sarah Gomes da Cruz Cano, as notificações no município, somente em 2025, totalizam, até o dia 17 de Janeiro, nove notificações; sendo um caso confirmado; cinco casos negativos e três aguardando laudo. “Os números em Presidente Epitácio não são preocupantes, no entanto, o GVE [Grupo de Grupo Regional de Vigilância Epidemiológica de Presidente Venceslau] emitiu um alerta regional para a doença, o que desperta a dúvida se os casos não são silenciosos, ou seja, não há registro de suspeitas”, pontua.
Diante disso, a Secretaria de Saúde adquiriu soros e medicamentos previamente para o atendimento de possíveis casos que possam surgir em maior escala nas próximas semanas. “Esperamos que não seja necessário, mas estamos preparados para uma possível epidemia de dengue, pois durante o trabalho do Covepe foram identificadas larvas do mosquito Aedes aegypti durante a vistoria em residências, e como Presidente Epitácio recebe muitos turistas, pessoas contaminadas podem ser picadas e assim desencadear a proliferação do vírus”, explica o secretário municipal de Saúde, Marcírio Vera Rolim.
A Santa Casa também garantiu, preventivamente, o estoque de soro e de medicamentos, além de equipar uma sala de hidratação e oferecer cursos de atualização para diagnóstico clínico da dengue para médicos.
Outra medida adotada pelo município foi a parceria com laboratórios e farmácias, para que casos suspeitos sejam testados e assim garantir que os dados relacionados à doença sejam registrados.
O plano municipal de contingência prevê também a conscientização da população para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, além do enfrentamento de outras arboviroses como leishmaniose e o escorpião. “A remoção de inservíveis que podem acumular água e a limpeza de quintais são a principal estratégia para interromper o ciclo do mosquito. Estatisticamente os principais focos são encontrados dentro de residências, ou seja, nos vasos de plantas, vasilhames com água parada, pneus, caixas d'água descobertas, ralos, entre outros”, ressaltou o encarregado de serviços do Covepe, Sandro Talavera.
Quando um caso é notificado à Vigilância Epidemiológica, o Covepe inicia um trabalho de controle na área de residência da pessoa com suspeita ou confirmação de dengue. “O trio de agentes de endemias visita a área, que pode variar de um raio de 100 metros a 200 metros da notificação, promove a remoção de inservíveis que podem acumular água e a aplicação de larvicidas e por fim a nebulização com inseticida à base de água. Em 30 dias não foram registradas reincidências em áreas visitadas pelo Covepe”, revela Sandro.
A Sala de Situação e Informações Estratégicas de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e leishmaniose visceral da Prefeitura de Presidente Epitácio foi criada por meio do Decreto nº 3.304/2016, de 16 de setembro de 2016, com o intuito de desenvolver, planejar e acompanhar ações de prevenções e buscar soluções estratégicas para a tomada de decisões de forma ágil, confiável e eficaz das atividades executadas pelos setores envolvidos no combate ao mosquito.
Foto: Cedida
Reunião discute plano enfrentamento da dengue em Presidente Epitácio