Satélite Amazonia 1

O Amazonia 1 (SSR-1) é um satélite de observação da Terra brasileiro que foi lançado em 28 de fevereiro de 2021, na missão PSLV-C51, às 01h54. O lançamento durou aproximadamente 18 minutos e ocorreu na Índia. O satélite tem como principais funções a observação do território nacional, o combate ao desmatamento ilegal, o monitoramento beira-mar, entre outras. Apesar de não ser o primeiro satélite brasileiro, é o primeiro projetado, produzido e testado inteiramente no país. Será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A, ambos produzidos em parceria com a China. O lançamento é parte da Missão Amazonia que, segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), tem por objetivo monitorar áreas desmatadas, agrícolas, além de desastres ambientais. “O Amazonia 1 busca olhar para dentro, para o planeta Terra e, em especial, para a Amazônia”. Conforme enfatiza o INPE em texto que apresenta o trabalho, além da floresta amazônica, "os dados gerados serão úteis para atender, ainda, a outras aplicações correlatas, tais como: monitoramento da região costeira, reservatórios de água, florestas naturais e cultivadas, desastres ambientais, entre outros”. Graças a uma câmera de alta resolução e amplo espectro, o material produzido pelo satélite também deve ser útil para a agricultura. "Entre as possibilidades de monitoramento de fenômenos dinâmicos encontram-se as safras agrícolas e a determinação de queimadas persistentes”, afirma ele. O equipamento é projetado para gerar imagens do planeta a cada cinco dias e, sob demanda, é capaz de fornecer dados de um ponto específico em dois dias. Focos de queimada também poderão ser visualizados. Conforme enfatiza o agrônomo Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas, do INPE, o maior ganho se dará pela soma. Com três satélites em operação, um mesmo ponto poderá ser “revisitado” em um intervalo de um a dois dias, conferindo precisão inédita ao monitoramento. Todo o material coletado deverá ser disponibilizado para a comunidade científica.

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