Santo Antônio

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da ursa e da Ursula Andress

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 13/06/2024
Horário 05:30

Estamos em junho, o mês das festas juninas, e por falar nisso hoje é o Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, de acordo com a crendice popular, que respeito e não tenho nada contra. Sabem como é: é preciso respeitar a voz do povo. Afinal, é Santo Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua? 
Tanto faz, rapaz. É que ele nasceu em Lisboa em 11 de setembro de 1191. Antônio ficou na capital portuguesa por algum tempo e, mais tarde, emigrou para a Itália. Vai ver já naquela época percebeu que santo de casa não faz milagre. Senão, teria permanecido em Lisboa, que o Millôr Fernandes chamava de Lismelhor. 
Na Itália, Antônio morou em Pádua, o que explica o motivo de ele também ser conhecido como Santo Antônio de Pádua. Fazia muita caridade e era muito querido pelos italianos. Aliás, Santo Antônio é um dos santos mais populares do mundo e, mundo afora, milhões de homens e mulheres se chamam Antônio ou Antônia em sua homenagem, tudo isso sem contar as inúmeras cidades chamadas Santo Antônio.
Antônio morreu em 1231 perto de Pádua. Partiu cedo desde mundo de ilusões: ele tinha apenas 36 anos. O papa Leão XIII gostava muito dele. Tanto que o pontífice chamava Antônio de "o santo do mundo todo". Isso é uma prova cabal do quanto Santo Antônio era - e continua sendo - popular.
Este aristocrata, charmoso e sofisticado cronista (podem rir) lembrou logo na primeira linha da crônica que Santo Antônio é o santo casamenteiro. Tem mulher mais "encalhada" do que baleia-piloto que recorre ao santo para arrumar marido. Ou arrumar alguém com quem possa ficar na posição "abdômen com abdômen". 
Até que o divórcio os separe e, por falar nisso, viram como aumentou o número de divórcios no país? Foram mais de um milhão de divórcios em 2023. Por que será, hein? Sei lá. Vai ver nem todo casal aguenta a "ditadura doméstica" e parte para outra. Ou para outro.

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