Surpreenda-se com Santiago. Pode parecer slogan publicitário, mas é este o sentimento que a capital do Chile tem proporcionado em muitos turistas. Com a imponência das Cordilheiras dos Andes como de pano de fundo, Santiago é uma cidade limpa, ordeira e moderna, mas sem perder, em vários pontos, o charme europeu que encanta. A capital chilena reserva espaço importante para a preservação de sua história, cultura, tradição, lazer e meio ambiente, união que lhe credencia como um destino fascinante do turismo na América Latina.
Pouco mais de um ano depois do terremoto de 8,8 graus de magnitude - o quinto maior da história - que atingiu a região central do Chile em 27 de fevereiro de 2101 e deixou mais de 800 mortos, Santiago segue como se nada tivesse acontecido. Em vez de uma cidade machucada, com cicatrizes e sendo reconstruída, a capital chilena parece não ter sido abalada pelo violentíssimo tremor.
Arquitetura e cultura europeias, amplas e bem arborizadas avenidas, lojas sofisticadas, excelentes hotéis e restaurantes, grandes shoppings e noites agitadas são as marcas da capital. O maior contraste está na quantidade de modernos edifícios ao lado de antigas e históricas construções, em harmoniosa convivência. Cidade plana, o ideal é descobri-la a pé. Portanto, caminhe. E muito. Pegue um mapa na recepção do hotel e descubra as delícias que a capital chilena oferece a seus visitantes. A famosa Alameda, apelido simplificado da longa avenida que corta toda a cidade, por exemplo, apresenta toda esta mistura. Para não se arrepender, não se esqueça da máquina fotográfica.
Um belo passeio em Santiago pode começar pelo Palácio de La Moneda, inaugurado em 1805 para ser a casa da moeda. Virou sede do governo em 1846. Em 11 de setembro de 1973, na época do Golpe Militar, foi bombardeada. O então presidente Salvador Allende suicidou-se no local naquele dia. É de lá que a atual presidente Michelle Bachelet governa o Chile. Mas a grande atração que ocorre neste local é a troca da guarda presidencial - os carabineros marcham com uma precisão milimétrica. A troca de guarda acontece a cada dois dias, pontualmente às 10h. Com execução de um repertório pouco tradicional às bandas militares e desfile da guarda, a troca é uma verdadeira fanfarra.
A duas quadras dali está a Plaza de Armas, marco zero da cidade, que reúne três importantes monumentos históricos: a Catedral de Santiago, construída entre 1748 e 1775; o edifício dos Correios; e o Museu de História Nacional. Nesta região, também é possível contratar um passeio de bicicletas em grupo para conhecer pontos turísticos, pagando em torno de R$ 50.
Muito visitado, o Mercado Central é um ambiente semelhante àquele que os brasileiros conhecem como Mercado Municipal. Mercadores exibem peixes, queijos, hortaliças, temperos e outros artigos relacionados especialmente com cozinha. No entanto, o local é famoso por sua alta culinária. Em seu interior, estão tradicionais restaurantes de frutos do mar.
Belezas naturais
As atrações naturais também devem ser incluídas ao roteiro. No mirante do Parque Metropolitano de Santiago, ou Cerro (colina) San Cristóbal, o turista percebe a onipresença das cordilheiras ao redor da capital chilena, uma das visões mais belas da cidade. Para chegar ao mirante, opte pelo funicular, espécie de bondinho, ou pelo teleférico. Mas se tiver fôlego de atleta, o trajeto pode ser feito de bicicleta ou a pé. O Cerro Santa Lucia, na região central da cidade, é ótima opção para quem quer visitar um parque com arquitetura diferente, fazer exercício subindo 70 metros de escadas e rampas. A recompensa pelo esforço é uma visão panorâmica de 360 graus da capital do Chile. Além do mirante, o parque oferece outras atrações como o zoológico e o jardim japonês.
Sem dúvida, Santiago não é apenas um ponto de conexão para quem vai a outros destinos bastante procurados do Chile, como a Ilha de Páscoa, o Deserto do Atacama e a Patagônia. A capital faz parte importante do roteiro turístico do país e vale muito a pena conhecê-la.