Santas casas da região somam 700 leitos comuns e 35 de UTI

A região de Presidente Prudente, composta por 53 municípios, conta com 16 santas casas, que auxiliam na linha de frente no combate à Covid-19 no oeste paulista. Em um levantamento realizado pela reportagem, na última semana, foi possível constatar que 13 unidades – as que responderam ao contato deste diário – possuem, juntas, 700 leitos comuns para o atendimento geral, além de 35 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 79 respiradores. Levando em conta apenas a população destes 13 municípios, estes números estariam disponíveis para o atendimento de 615.094 pessoas, fora os munícipes de cidades vizinhas que encaminham pacientes por não terem estrutura ou hospitais. Com isso, algumas unidades compartilharam relatos sobre como tem sido estes dias de pandemia.

Na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Venceslau, por exemplo, há duas portas de entrada para pacientes, sendo os convênios ou pelo pronto-socorro. Independente de qual porta de entrada, todos passam por uma triagem, com a análise de febre e sinais vitais, e, se constatado algum sintoma de doença respiratória, a pessoa é encaminhada a uma sala de espera específica para este tipo de atendimento. “Nesta sala, a equipe está devidamente paramentada e o paciente também recebe uma máscara e o álcool em gel para a higienização das mãos”, aponta a administradora da unidade, Susierleia Aparecida Bonifácio Szymczok. Todos os pacientes são classificados de grau um a três, sendo o último o mais grave, quando há a intubação.

Além disso, há quatro leitos de UTI para o atendimento específico de casos de Covid-19, que é separado por um vidro dos demais, e possui todos os equipamentos necessários. “Temos outros 12 leitos específicos na enfermaria para o novo coronavírus, também separados”, aponta a administradora. Ao todo, são 14 respiradores. “Está sendo um grande desafio, pois a pandemia vem nos ensinar a trabalhar com ainda mais cuidado e de uma forma diferente. A preocupação de você separar um paciente do outro e o cuidado com a higiene triplicaram nesta ocasião”. Os equipamentos, no momento, atendem à demanda e o hospital tem medicação em estoque para tratar em torno de 30 pacientes de uma só vez.

UNIÃO DE FORÇAS

PARA O COMBATE

Em Pacaembu, uma iniciativa conjunta entre o Ministério Público do Estado, o Executivo municipal e o Judiciário resultou na liberação de R$ 70 mil para equipar leitos que ficarão disponíveis no hospital para abrigar, no sistema de isolamento, pacientes com caso confirmado e suspeito de Covid-19. “Em ofício enviado à Prefeitura, anteriormente, a santa casa ponderou que o hospital não teria infraestrutura para recebimento de suspeitos ou detectados com o novo coronavírus”, apontou a administração, sobre a importância da junção de forças.

Com isso, o recurso, oriundo do Juizado Especial Cível e Criminal, possibilitará a aquisição dos seguintes equipamentos: dois monitores, duas bombas de infusão, dois respiradores mecânicos, um aspirador e dois circuitos respiratórios. “O que viabilizará a formação de um leito completo para paciente confirmado de Covid-19”.

READEQUAÇÃO DE

ATENDIMENTOS

A Santa Casa de Misericórdia de Lucélia foi uma das unidades que precisaram readequar o atendimento. Isso porque, com 15 leitos, o hospital destinou dois deles para o atendimento exclusivo de casos que envolvem a confirmação ou suspeita da Covid-19. “Eles são adaptados com monitores multiparâmetros, oximetria, ponto de oxigênio, ponto de ar comprimido e ventilador mecânico”. Não há UTI na unidade, mas a santa casa conta com quatro leitos adaptados com monitores multiparâmetros. Ao todo, são quatro respiradores para o atendimento local.