Santa Casa faz 3ª captação de múltiplos órgãos em 15 dias

PRUDENTE - Da Redação

Data 27/04/2019
Horário 13:17
Valéria Garbullio/AI Santa Casa - Órgãos foram encaminhados para OPO de Marília, que faz a distribuição aos pacientes
Valéria Garbullio/AI Santa Casa - Órgãos foram encaminhados para OPO de Marília, que faz a distribuição aos pacientes

A Santa Casa de Presidente Prudente realizou, ontem, a terceira captação de múltiplos órgãos em 15 dias. Desta vez, o doador foi um homem de 44 anos que teve um traumatismo cranioencefálico grave em decorrência de uma queda. Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Coronariana da instituição.

A retirada dos rins foi executada pela equipe de transplantes e captações do hospital. “Para o reimplante dos rins, temos até 48 horas após essa remoção”, explica o urologista Matheus Rodrigues. Os rins e as córneas foram encaminhados para OPO (Organização de Procura de Órgãos) de Marília (SP), que, após o exame de compatibilidade, faz a distribuição de acordo com a fila de espera. Os ossos foram captados por uma equipe de um banco de tecido ósseo daquele município. Mais de cinco pessoas serão beneficiadas com a doação.

Essa foi a terceira captação do mês na santa casa. No dia 13, foram captados córneas, fígado e rins de uma mulher de 50 anos, que teve um AVCH (acidente vascular cerebral hemorrágico). No dia 24, o doador foi um homem de 57 anos, que também morreu de AVC hemorrágico e destinou fígado e rins. No total, oito pessoas que esperam por um transplante foram contempladas.

Conforme o médico coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes da instituição, Carlos Eduardo Bosso, vários fatores contribuíram para as três captações no período de 15 dias. “Tivemos um aumento na chegada de casos neurológicos graves encaminhados pelo sistema Cross [Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde]. Além disso, quando há um caso de doação, a circulação de informações acaba incentivando a população e dando segurança para outras famílias aceitarem o gesto”, afirma.

Segundo o médico, o maior desafio das equipes de captações ainda é a negativa dos familiares. Mais da metade recusa a doar órgãos de um parente com morte cerebral. “É importante que as famílias conversem sobre o assunto. A pessoa deve expressar em vida o desejo de ser um doador”, pontua.

Com Assessoria de Imprensa

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