Em reunião na noite de anteontem, a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente apresentou a membros da sociedade a sua intenção de buscar, junto ao Ministério da Saúde, o credenciamento que autoriza a instituição a realizar transplantes de medula. A hematologista da unidade, Paula Carilho, por meio da Assessoria de Imprensa do hospital, revela que, em média, dez pacientes são encaminhados por mês a outros centros para a realização do procedimento. A solicitação ao governo federal será intermediada pela Secretaria de Estado da Saúde, através do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde). À reportagem, o Ministério da Saúde declarou que aguarda o recebimento do pedido formal para então prosseguir com análise de documentos os quais comprovem que a unidade é tecnicamente habilitada para prestar tal serviço.
Em reunião, representantes do hospital pedem apoio da sociedade
O diretor técnico da santa casa, cardiologista Carlos Eduardo Bosso, expõe, por meio da assessoria, que um plano de trabalho já foi encaminhado para análise do DRS-11, que tem cobrado necessárias adequações. Assim que finalizado, o documento segue para a Secretaria de Estado da Saúde, que fará o contato direto com o ministério. Conforme a instituição, o hospital já dispõe de estrutura física mínima disponível para o novo prodecimento, além de apresentar projeto arquitetônico para edificação de uma área reservada para este serviço e três especialistas na área de hematologia.
Conforme a assessoria, a iniciativa da reunião, que teve a participação de médicos, promotores e representantes da sociedade civil, foi do presidente do Banco de Olhos da Santa Casa, Irineu Sesti. "Presidente Prudente e região necessitam da inclusão deste serviço e a parceria da sociedade é essencial", declara Sesti. Revela que, atualmente, os pacientes que precisam passar pelo transplante têm que se deslocar até outros centros, como Jaú, Barretos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, para então passar pelo procedimento, mesmo que o tratamento pelo qual estejam passando seja na capital da Alta Sorocabana.
Para a instituição, tal encaminhamento, muitas vezes, gera dificuldades financeiras e emocionais para o paciente, bem como sua família. Explica que o transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
O promotor de Justiça, Mário Coimbra, participou do encontro e, à assessoria, salientou a importância desse atendimento para os pacientes da região. "É uma conquista imprescindível para a cidade. Damos pleno apoio a essa causa", considerou.
