«Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas (…)
Sampa, Caetano Veloso e Gilberto Gil
O imenso Brasil, terra de milhentas diversidades e pulcritudes sem fim, nos fascina e nos inebria; com a beleza e a robustez das suas cidades, das suas comunidades e das belezas naturais. E desta feita nos deixamos estar em São Paulo, cidade dinâmica, que convida ao progresso e ao crescimento, mais do que à languidez e ao folguedo.
Desde a data de sua fundação, a 25 de Janeiro de 1554, passando pelo Grito do Ipiranga – momento que formalizou a independência do Brasil, ocorrida a 7 de setembro de 1822, até aos dias de hoje, a Cidade de São Paulo tem desenhado um percurso brilhante e único, no cenário nacional e internacional; sendo, atualmente, o principal centro empresarial, comercial e financeiro da América do Sul, possuindo, ainda, o 10º maior PIB (Produto Interno Bruto), a nível mundial.
Esta é uma cidade de números, crescimento econômico e desenvolvimento social, para onde se dirigem, anualmente, números astronômicos de imigrantes e de migrantes. De diversidade cultural incomparável, para a cidade de São Paulo se dirigiram, no início do século passado, pessoas de origem italiana, portuguesa, japonesa, espanhola, libanesa e árabe; a migração interna é feita, principalmente pelos nordestinos, que veem nessa urbe, a realização dos seus sonhos e a esperança de um porvir risonho.
Esta é uma cidade de pessoas... dentro de carros importados e de edifícios luxuosos, nos bairros mais simples e nos ônibus... esta é uma cidade de pessoas. Pessoas que sonham e que vivem da esperança aflita que não lhes sai dos olhos; pessoas que trabalham para a construção dos seus sonhos, sem desânimo, sem esmorecimento.
Esta é uma cidade diversa, respeitadora das diferenças: de religião, de origem, de credo, de orientação sexual e de sonhos.
Esta é uma cidade que se marca pela diferença, acolhendo a todos, em igualdade.
«(…)Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes (…)»
Sampa, Caetano Veloso e Gilberto Gil