Saldo de emprego fecha em alta pelo 3º mês consecutivo na região

Foram 1.017 postos de trabalho abertos, resultado de 5.187 contratações e 4.170 demissões; todo os municípios fecharam em alta

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 28/11/2020
Horário 08:25
Foto: Arquivo
Acumulado mostra que a região tem 1.669 vagas de emprego em saldo no ano
Acumulado mostra que a região tem 1.669 vagas de emprego em saldo no ano

Depois dos meses problemáticos e que, ainda assim, continuam a emitir reflexos negativos ao longo da pandemia da Covid-19, a região de Presidente Prudente fechou em alta quanto ao salto de empregos, pelo terceiro mês consecutivo. Ontem, o Ministério do Trabalho divulgou os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em relação a outubro, e o saldo regional foi de 1.017 novos postos de trabalhos abertos, resultado de 5.187 contrações e 4.170 demissões ocorridas durante todo o período analisado.
O número emite uma variação de 0,38% em relação ao mês de setembro. E, nesse cenário, dos 53 municípios que compõem a região, 33 deles terminaram em superávit. Isso quer dizer que em todos ocorreram desligamentos, mas a quantidade de admissões foi ainda maior. Contudo, nos outros 20, houve fechamento negativo, com mais demissões do que contratações.
Já no acumulado do ano, desde setembro a região reverteu o quadro em que estava. Até agosto, a soma dos oito primeiros meses de 2020 mostrava que mais pessoas haviam sido demitidas do que contratadas, gerando assim um déficit de 207 postos de trabalho. Mas os resultados dos últimos 60 dias, somados à recuperação vinda desde agosto, mostram que o acumulado agora fecha em 1.669 vagas, sendo 45.509 admissões contra 43.840 desligamentos. A variação fica em 4,08%.

Na contramão do Brasil

Em um ano pandêmico, ter um saldo de empregos positivo, acima de 1 mil, é “um louvor”. Pelo menos é dessa forma que encara a situação o economista Moisés Martins. Diferente do Brasil, o especialista fala que a região vem num caminho contrário, que é de crescimento. “Um pouco difícil de explicar, pois o número de desempregado no país é muito grande ainda. Mas, no final do ano, já começam as movimentações para contratar os temporários, mostrando que alguns setores estão retomando as atividades de vendas”, frisa.
Mais especificamente para a região, o economista lembra que o agronegócio e o setor de serviços são os que mais movimentam a economia local. E dentro deles, os que trabalham com exportação estão se saindo bem, porque o dólar está em alta, isto é, estão vendendo e recebendo mais. “Por outro lado, quem trabalha com importação tem que tomar mais cuidado, porque é uma equação contrária, pois gasta mais”, completa.
Mas nesse cenário, Moisés entende que a região tem se destacado, se saído bem, por isso tem se recuperado com mais agilidade. “O setor de serviços retomando as atividades, a juventude frequentando um pouco mais os locais que estão abertos... Isso tudo contribui. É preciso melhorar, mas estamos no caminho certo, caminhando para o bem. As pessoas precisam ficar em casa ainda, claro, mas lado a lado com as possibilidades que já existem e são liberadas”, pontua.

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