A greve geral pela manutenção dos atuais direitos dos trabalhadores brasileiros também deverá movimentar a capital da Alta Sorocabana, no dia 28. Na data, a partir das 7h, empregados dos mais diversos setores de Presidente Prudente, a convite das centrais sindicais e dos movimentos sociais, deverão se reunir na rotatória do Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antônio Sandoval Netto, de onde uma caminhada partirá rumo ao calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, no centro, com chegada prevista para às 12h. Já neste sábado, pela manhã, os organizadores da ação contra as reformas trabalhista e previdenciária, além da terceirização, promoverão uma planfletagem na área central.
Representantes de sindicatos explicam motivos da paralisação unificada marcada para dia 28
O representante regional da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Paulo Oliveira, explica que a mobilização pretende, com o ato, sensibilizar os trabalhadores, bem como toda a população, "dos riscos que estão correndo diante das propostas de reformas, seja, por exemplo, na questão de impossibilidade de aposentadoria, caso aprovada a mudança conforme a proposta que está tramitando no Congresso". "Queremos demonstrar ainda o quanto isso é prejudicial às mulheres, porque o projeto vai igualar a idade entre homem e mulher, quanto a tempo de trabalho e contribuição", destaca. Pontua que, da mesma forma, busca gerar uma discussão em torno da lei da terceirização, que, em sua opinião, "tem o objetivo de precarizar a relação de trabalho e também reduzir salários". "Isso sem deixar de mencionar a reforma trabalhista, que tem vários pontos que fragilizam a relação de trabalho e cria a jornada superior à já estabelecida, entre outros pontos", expõe.
Conforme Paulo, que esteve na sede deste diário acompanhado do representante regional da Força Sindical, Roberto Soares; da coordenadora da subsede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da Frente Brasil Popular, Ana Lúcia de Mattos Flores; da representante dos Advogados Progressistas, Aline Fernanda Escarelli; e do coordenador regional da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e presidente do Conselho Intersindical, Gilberto Lúcio Zangirolami, o interesse da organização das centrais e dos movimentos sociais é realizar um grande ato e, para isso, alguns sindicatos têm publicado editais de greve para haver efetivamente a paralisação nos locais de trabalho. "Não temos outro mecanismo a não ser irmos para a rua e mostrar insatisfação. Caso o governo não recue, a movimentação vai prosseguir", afirmam os citados.
Gilberto revela que, nestes dias que antecedem o movimento, a intenção do grupo é visitar o maior número possível de empresas prudentinas. "Queremos divulgar amplamente para a sociedade, para os trabalhadores, quer seja no local de trabalho ou através da mídia, a importância de paralisar as atividades. Queremos mostrar que somos contra as reformas da forma que estão sendo propostas", frisa. "Fizemos uma agenda de várias empresas que serão visitadas. Já iniciamos com duas hoje . É importante o trabalho de conscientização, de mostrar a importância da adesão, deste trabalho de enfrentamento contra essa retirada de direitos", completa Ana Lúcia.
Adesão
Como noticiado neste diário, outros sindicatos, como o Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo), o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) e a Apeopesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) já anunciaram que vão aderir ao movimento. Já o Sipol (Sindicato dos Policiais Civis de Presidente Prudente e Região) informa que a categoria é proibida de fazer greve, no entanto, a entidade está estudando a promoção de uma Operação Padrão para a data, isso por concordar com o movimento.