Após três vitórias seguidas, o prudentino Rogério Júnior Xavier de Oliveira, 18 anos, do parabadminton do Sesi-SP (Serviço Social da Indústria), segue direto para a final dos Jogos Parapan-americanos, em Lima, no Peru, que será realizada amanhã. A conquista veio ontem à tarde, depois que ele bateu o peruano Pablo Cueto, por dois sets a zero, com parciais de 21 a 9 e 21 a 8.
A técnica Mayara Bacarin Bressanin, 31 anos, mal conseguia expressar sua alegria pela conquista do seu aluno. Imagine a vontade dela em estar ao lado dele nesse momento tão especial. “Eu não fui, porque ele está na competição representando a seleção brasileira. Anteontem montamos um telão no Sesi e os outros atletas da badminton assistiram o jogo ao vivo. Foi muito emocionante! Agora a torcida é por essa final tão esperada. Vamos torcer. Vamos torcer para o nosso atleta!”, convida a técnica de Rogério.
As outras duas vitórias do atleta foram na manhã de quinta-feira, quando ele venceu o canadense Pascal Lapointe nos dois sets por 21 a 15. À tarde, a disputa foi contra o venezuelano Anthony Alvarado, onde ele cravou 21 a 9 e 21 a 15.
Como já explicado em outras entrevistas a O Imparcial, Mayara comenta que o treinamento de preparação de Rogério é divido entre físico, técnico e tático. Desde o início do ano, o Sesi investiu no suporte ao atleta, com acompanhamento com nutricionista e treino em academia. Tudo para que ele estivesse bem preparado para as competições internacionais que estivessem por vir, como o Parapan.
Amor à primeira vista
Não tinha como a reportagem falar com Rogério, lá em Lima, mas segue um breve histórico de como e quando o parabadminton passou a fazer parte do dia a dia do jovem. Em outra ocasião, ele contou que faz parte da equipe Sesi desde o mês de abril de 2014. Com 8 centímetros de diferença de uma perna para a outra, ele compete na classificação da modalidade SL 4 (membro inferior).
Perguntado a ele porque escolheu essa modalidade esportiva, Rogério resumiu em uma pequena frase: “foi amor à primeira vista”. Sobre as suas conquistas com o esporte, campeonatos e realizações pessoais, ele não titubeou: “Os principais ganhos, sem dúvida, é a qualidade de vida que passamos a ter. E ser um vice-campeão Panamericano, um campeão internacional, deixa esse amor ainda mais especial. Ter o melhor resultado, subir no pódio... tudo isso é muito bom”, ressaltou o atleta.