A rotina dos coletores de resíduos é cansativa. Diariamente, são vários quilômetros percorridos, recolhendo objetos descartados e jogando tudo em caminhões, além dos riscos de acidente com descarte de cortantes e perfurantes que são jogados nos lixos. Perigo que aumenta cerca de 30% com a chegada das festas de fim de ano, segundo a presidente da Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), Maria Aparecida Assis Silva, que orienta e alerta a população sobre os cuidados ideais a serem tomados para descartar tais objetos.
“A população deve fazer o acondicionamento correto desses resíduos antes de descartá-los. Os materiais perfuradores ou cortantes têm que ser embalados em folhas de jornal e caixas tetra pak ou de papelão antes de serem colocados no lixo. Em Prudente, temos poucos casos de acidentes com coletores, mas é preciso sempre permanecer alerta”, ressalta Maria Aparecida.
De acordo com a presidente da Cooperlix, a sociedade precisa fazer sua parte e tornar o lixo seguro para garantir não só a própria saúde, mas também a daqueles que mantêm a cidade limpa, e acrescenta que as empresas têm a preocupação de orientar os funcionários sobre como proceder na hora da recolha dos materiais, em especial os perfuro-cortantes, “porém, os coletores usam apenas luvas de proteção, que podem não ser suficientes para evitar acidentes”.
“A população deve fazer o acondicionamento correto desses resíduos antes de descartá-los. Os materiais perfuradores ou cortantes têm que ser embalados em folhas de jornal e caixas tetra pak ou de papelão antes de serem colocados no lixo”
Maria Aparecida Assis Silva,
presidente da Cooperlix
“Lâmpadas, copos, louças e até embalagens podem não parecer perigosos, mas são riscos em potencial, pois podem quebrar com o manuseio. Por isso, orientamos que o cidadão descarte materiais como estes também de forma protegida, colocando-os dentro de caixas de leite, por exemplo”, expõe Maria Aparecida.
Quanto aos materiais perfurantes como pregos, parafusos, arames e, até mesmo, lascas de madeiras, a representante da cooperativa pede para que as pessoas os coloquem em latas, embalagens plásticas ou os embrulhem em grandes volumes de jornal, “pois eles podem furar e vazar do material envolto”.
“Os acidentes, infelizmente, são uma realidade em diversos municípios e o cuidado para evitá-los depende da conscientização da própria população. Nós fiscalizamos e estimulamos estas ações, no intuito de promover a educação socioambiental de toda a comunidade prudentina. Esperamos contar com o apoio da cidade para este bem maior”, pede Maria Aparecida.
