Risco de quedas em pessoas idosas

O Estatuto do Idoso, de acordo com a Lei n° 10.741 de 1º de outubro de 2003, define a pessoa idosa com 60 anos ou mais. Envelhecer é um processo natural, fisiológico, progressivo e não patológico, onde há diminuição progressiva das atividades de vida diária. Precisamente, no Brasil, a população de idosos acima de 65 anos tem aumentado cada vez mais, com projeções até 2030. 
Esse aumento acontece porque a taxa de fecundidade diminuiu e prevaleceu uma maior quantidade de idosos, gerando maior exigência dos serviços de saúde para essa população. E com isso o envelhecimento é um triunfo do desenvolvimento. O aumento da longevidade é uma grande conquista da humanidade, que ocorre devido a melhoras na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos cuidados com a saúde, no ensino e no bem-estar econômico. 
Nesse cenário, devido ao processo de envelhecimento, o risco de acidentes se torna alto, pois ocorrem mudanças na percepção visual e auditiva, diminuição da massa muscular, óssea e força. Além disso, dentre os acidentes que podem causar lesões, modificar a capacidade de função e mesmo gerar a morte nos idosos, o mais comum é a queda. 
A queda é entendida como um evento acidental não intencional que resulta na mudança de posição do indivíduo para mais próximo do solo, em relação a sua posição inicial. Os fatores de risco de quedas são consequências que ocorrem por alterações internas e externas; sendo internas as alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, de doenças e/ou efeitos causados pelos medicamentos, e externas os que dependem de circunstâncias sociais e ambientais que geram dificuldade ao idoso. 
Mas este rápido envelhecimento da população da América Latina também mostra desafios importantes, uma vez que a região continua sendo a mais desigual em nível mundial e não alcançou os índices de desenvolvimento humano de outras regiões com níveis similares de envelhecimento. O tema estabeleceu recomendações específicas com base em três eixos prioritários: 1) pessoas idosas e desenvolvimento; 2) fomentar a saúde e bem-estar até a velhice; e 3) criar ambientes propícios e favoráveis ao envelhecimento.
Desta forma, se antecipar para tais situações é importante uma vez que com ações preventivas pode-se impedir a ocorrência destes acidentes. A fisioterapia em geriatria e gerontologia é de grande importância na prevenção de quedas em idosos, sendo assim, capaz de fazer um apanhado da realidade do idoso, e, em seguida, determinar programas aplicáveis aos casos clínicos com efeito específico sobre a prevenção de quedas. 
No tratamento, o fisioterapeuta após uma minuciosa avaliação, é apto a planejar um programa eficiente para a prevenção de quedas, através da realização de protocolos onde é possível ser treinado força muscular e equilíbrio do idoso, além de proporcionar maior independência para as atividades básicas de vida diárias.
 

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