Rinite alérgica e mudanças climáticas

Dois grandes responsáveis por desencadear alergias são o frio e a umidade, pois irritam a mucosa nasal

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 09/10/2022
Horário 07:12
Foto: Cedida
 Pólen liberado pelas flores pode provocar crises de rinite alérgica
Pólen liberado pelas flores pode provocar crises de rinite alérgica

Sempre que ocorrem mudanças climáticas bruscas, quem sofre de rinite sente rapidamente as consequências. A rinite é uma inflamação da mucosa que recobre internamente o nariz e os seios paranasais (espaços vazios próximos ao nariz). Na maioria dos casos, a rinite tem origem alérgica, embora infecções por vírus também possam causar o problema. Nos dois tipos de rinite, os sintomas são parecidos e incluem congestão nasal, coriza, espirros e coceiras no nariz, olhos, mucosa oral e garganta, enfatiza o médico otorrinolaringologista Guilherme dos Santos Gomes Alves, mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).
Dois grandes responsáveis por desencadear alergias são o frio e a umidade, visto que irritam a mucosa nasal. De acordo com. Guilherme, com as mudanças climáticas, há um aumento no acúmulo de fungos e ácaros (inseto que provoca a alergia), além das viroses respiratórias, que agravam o quadro alérgico. A rinite também é influenciada pelas estações do ano. A primavera é considerada por muitos a época mais bonita do ano, principalmente pelo desabrochar das flores. Entretanto, com o início dessa estação, o pólen liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória, provocando as crises de rinite alérgica.

Medidas preventivas

O primeiro passo para o tratamento da rinite alérgica é a prevenção. Nesse sentido, Guilherme ressalta as 12 principais medidas que devem ser tomadas: 1) aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade; 2) redução da poeira doméstica, limpando a casa com pano úmido e evitando o uso de vassouras ou espanadores de pó; 3) colchões e travesseiros devem ser de espuma inteiriça e encapados com material impermeável para impedir que os ácaros tenham contato com o nariz do alérgico; 4) trocar essas capas a cada 3 semanas, já que a descamação da pele armazenada nos colchões e travesseiros serve como alimento para os ácaros; 5) trocar as roupas de cama uma vez na semana e, se possível, lavá-las em temperaturas superiores a 55ºC, evitando o uso de amaciantes de roupas; 6) dar preferência ao uso de edredons e não deixar a cabeceira da cama próxima ou abaixo da janela; 7) fazer a limpeza e manutenção frequente de aparelhos de ar-condicionado; 8) retirar do quarto todos os objetos que possam acumular poeira, como livros, revistas e bichinhos de pelúcia; 9) perfumes, inseticidas, ceras, desodorantes, tintas ou qualquer outro produto de cheiro muito forte devem ser evitados; 10) dar preferência aos pisos de cerâmica ou assoalhos de madeira no lugar de carpetes ou tapetes, pois estes últimos são reservatórios de ácaros; 11) evitar animais domésticos no interior das residências - os animais de estimação mais indicados para as crianças alérgicas são peixes e tartarugas; 12) o fumo deve ser evitado, tanto por parte do alérgico como de seus familiares.

SAIBA MAIS
Além das medidas preventivas destacadas acima, o tratamento para a rinite alérgica requer, muitas vezes, o uso de medicamentos (descongestionantes, anti-histamínicos ou corticosteroides). Assim, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista para definir o melhor tratamento de acordo com cada caso.

(Matéria integrante de projeto de extensão universitária (PROEXT-REITORIA; 18854/2022), sob coordenação do Prof. Dr. Douglas Roberto Monteiro [Unoeste])

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