Respeito e a empatia precisam ser incorporados no cotidiano

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 10/09/2024
Horário 05:19

A 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo celebrou recentemente uma conquista significativa ao ultrapassar a marca de mil emissões da CipTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista). Em todo o Estado, já são mais de 70 mil emissões, um marco alcançado durante o mês de conscientização e inclusão das pessoas com deficiência. Esta iniciativa, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Prodesp, por meio da Secretaria de Estado de Gestão e Governo Digital, é um passo importante na luta por direitos e visibilidade das pessoas com TEA.

A CipTEA vai além de ser apenas um documento oficial de identificação. Simboliza o reconhecimento de uma necessidade específica e traz consigo benefícios práticos e sociais. As pessoas com TEA em algumas situações enfrentam desafios em espaços públicos e, muitas vezes, sofrem pela falta de compreensão de suas particularidades. Situações que podem parecer simples para a maioria podem ser extremamente desafiadoras para quem está no espectro. A carteira permite que essas necessidades sejam rapidamente identificadas, garantindo um tratamento mais adequado em diversos serviços, como atendimento médico, transporte público e acesso a programas sociais.

A inclusão começa com o conhecimento. O fato de o Estado de São Paulo emitir tantas carteiras é um indicador positivo de que as famílias e os próprios indivíduos com TEA estão buscando assegurar seus direitos. No entanto, para que a CipTEA tenha o impacto desejado, é preciso que haja uma conscientização contínua da sociedade em geral. A carteira é uma ferramenta, mas o respeito e a empatia precisam ser incorporados no cotidiano.

Ainda há muito a ser feito. E cada emissão da CipTEA é um passo em direção a uma sociedade mais inclusiva e humana, onde todos possam exercer seus direitos de forma plena, independentemente de suas limitações. A conscientização precisa ser ampliada para que o documento seja compreendido e utilizado de maneira eficaz, evitando constrangimentos e preconceitos.

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