Após tanto sofrimento com os casos de Covid-19, os moradores de Presidente Prudente enfrentam, há alguns meses, um novo pesadelo: a alta nas confirmações de dengue. Apesar de ser uma doença que atormenta a população há muitos anos, quem contraiu a enfermidade recentemente tem relatado sintomas terríveis, incapacitantes, capazes de afastar o paciente durante dias do trabalho, da escola, de seus afazeres do cotidiano. Isso na forma clássica da doença, pois quando o paciente sucumbe à forma hemorrágica, a preocupação se potencializa, visto que, em muitos casos, o quadro evolui a óbito.
Nas rodas de conversas são inúmeras indagações: será que as pessoas, após tanto tempo de isolamento tiveram suas imunidades reduzidas? Ou será que a doença transmitida pelo minúsculo Aedes aegypti sofreu mutação e está ainda mais avassaladora? Ou ainda: será que a própria Covid diminuiu a capacidade das pessoas em lidar com enfermidades antes “comuns” no dia a dia?
As perguntas são muitas. Mas, fato é que a única forma de conseguirmos reduzir a proliferação do Aedes é se conscientizando e arregaçando as mangas. Na edição de hoje, O Imparcial mostra aos leitores que, como parte das ações de enfrentamento à dengue em Prudente, as residências que receberem os agentes de endemias receberão um selo informando que foram vistoriadas pela equipe de saúde. Isso foi implementado devido à grande resistência de parte da população em abrir as portas para os profissionais.
Isso é um absurdo. Os agentes precisam vistoriar os imóveis, orientar os moradores, pois sua incumbência é, justamente, atuar na luta contra os focos da dengue. Vamos fazer a nossa parte, pois, sem a atuação de cada um de nós, infelizmente, continuaremos a perder essa “batalha”.