REPERCUSSÃO DA PEC FEDERATIVA

GRAZIELA FERNANDES

O oeste paulista ainda repercute a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do chamado Pacto Federativo que, dentre as medidas, a possibilidade de colocar fim aos municípios com menos de 5 mil habitantes. Narandiba, Estrela do Norte e Sandovalina, na região de Pirapozinho, estão na mira do governo federal.

COLUNA - GRAZIELA FERNANDES

Data 10/11/2019
Horário 05:48

UMA PEC E MUITAS DÚVIDAS

Ainda há que se lançar muita luz sobre a medida proposta pelo governo. O fato é que, se olharmos superficialmente para as cidades, como máquinas públicas tão somente, muitas delas sucateadas, vivendo dias difíceis com a queda de arrecadação e, às voltas com o TCE (Tribunal de Contas do Estado), que alertam com altos custos da folha de pessoal que impactam negativamente sobre as prefeituras, podemos incorrer em um erro. É preciso avaliar o impacto desta fusão aos demais municípios. Como ficarão as prefeituras destas cidades? E as demais serão como subprefeituras do executivo-mãe, podemos assim dizer? E o funcionalismo público? E os recursos? A Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista) e a Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema) já se pronunciaram com o receio de enfraquecimento da região, que já vive com investimentos escassos e conta com pouca força política para atuar em nosso favor. Resta-nos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

 

FALANDO EM INVESTIMENTO

Pirapozinho está investindo, com recursos próprios. Mais de R$ 882 mil em recapeamento na cidade. Segundo o prefeito Orlando Padovan (DEM), inicialmente seriam 18.610,42 m² de asfalto, mas foram acrescidos alguns trechos, que somaram 3.826 m², ultrapassando assim os 22.400 m² a serem aplicados em diversos bairros. Os bairros contemplados são Vila Santa Rosa, Vila Zélia, Jardim Soledade, Vila Rouxinol, Parque Residencial Natal Marrafon, Centro, Vila Soler, Jardim Vantini 1, Residencial Rustika e Parque da Estação.

 

INVESTIMENTO SELETIVO

Estamos falando da continuidade da rua Miguel Omar Barreto, que é acesso para ruas do Parque Alvorada e que, poderia servir para escoar o trânsito, especialmente no horário de pico – entrada e saída – dos estudantes de uma escola que fica na rua Estudante Hugo Marques de Azevedo. Durante estes horários, a via poderia ser utilizada, garantindo mais segurança dos estudantes e fluindo melhor o trânsito. Sem contar que os moradores de ruas próximas não sofreriam com a lama que se forma quando chove e a poeira em dias secos. São incontáveis os motoristas que sofreram com atolamentos, inclusive com prejuízos materiais com uma tampa de esgoto recém-instalada em frente a Rua Petronilho Azevedo de Brito, que já foi alvo de acidentes, pois fica mais alta que a via e o mato próximo a encobre e dificulta a visibilidade de quem transita no local. Seria uma única rua, muitos benefícios para os moradores, ainda mais se pudesse ser contemplada com verba de recursos próprios.

 

TRISTE REALIDADE DO SUS

Na semana passada, a coluna destacou relatos da demora para agendamento de consultas e realização de exames diagnósticos de pacientes que estão em tratamento no HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente). O hospital encaminhou uma nota à coluna e esclarece que os pacientes chegam à unidade após serem inseridos na Rede Hebe Camargo. A partir daí, ainda segundo a nota, a demora para realização de exames é “uma realidade geral enfrentada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente o HRCPP trabalha com as ofertas de exames disponibilizadas na Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) e, infelizmente, o agendamento de exames pode demorar até 90 dias para ser realizado”. A nota fala ainda que tenta amenizar as dificuldades com parceria com centros diagnósticos particulares e outros procedimentos que já estão sendo realizados na unidade, como ultrassom. Infelizmente, uma triste constatação no SUS. Para dúvidas, pacientes podem ligar para (18) 2104-8000.

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