Relíquias de Santa Teresa no Brasil

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 11/12/2022
Horário 05:00

Nascida na França, aos 2 de janeiro de 1873, batizada Maria Francisca. De família muito religiosa – cujos seus pais são o casal de santos Luís Martin e Zélia Guérin – Teresinha entrou no Carmelo aos 15 anos de idade. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas por oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano na vida religiosa carmelita. Os dois últimos anos de sua vida foram verdadeiro holocausto, por causa da terrível tuberculose que, no entanto, não a venceu na confiança nem no abandono em Deus. Prometeu mandar uma chuva de rosas sobre a Terra. Morreu aos 30 de setembro de 1897, dizendo: “Meu Deus, eu Vos Amo!”
Agora, pela terceira vez suas relíquias vieram ao Brasil em peregrinação pelo Estado de São Paulo, graças à iniciativa da Diocese de Marília para comemorar os seus 70 anos. A última peregrinação foi há 24 anos (a primeira em dezembro de 1997 e a segunda, em 1998). À nossa cidade, o belíssimo relicário chegou de Panorama na tardinha de sexta-feira e partiu para Assis, na tardinha de ontem. Tudo aconteceu no Santuário Diocesano dedicado à Doutora da Igreja e Padroeira Universal das Missões, no Jardim Maracanã, sua “Casa”. Pouco menos de 24 horas foram suficientes para a chuva de rosas (graças) derramada sobre os devotos.
Expostas à veneração, a visita das relíquias foi celebrada com uma carreata, três horários de missa, 11 horas de orações, pregações, confissões e a visita de devotos de cidades da região e de paróquias locais. A simplicidade da santa destaca-se em sua vida, que encanta e desperta milhões de devotos por todo o mundo, especialmente no Brasil. A doutrina da Pequena Via – um caminho rápido e curto – é inspiração para todos quantos anseiam viver mais próximos de Deus. Ser como criança que confia no pai. O amor, a confiança e o abandono à misericórdia divina são o núcleo de sua espiritualidade. Não podendo fazer coisas extraordinárias, a irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face procurou fazer as coisas ordinárias do seu dia a dia no Carmelo de forma extraordinária. E isso, segundo ela, colocando sempre e em tudo o amor, pois o amor abrange todas as vocações e faz grandioso o rotineiro.
Na noite do Natal de 1886, aos 13 anos de idade, a caridade efetivamente entrou em seu coração. A necessidade de se dar aos outros, de se esquecer de si mesma e de agradar os outros surgiram e ela ficou feliz. Morreu a menina mimada; nasceu a mulher decidida. Que a veneração das santas relíquias desperte nos devotos a fé e o amor a Deus e aos irmãos.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
 

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