Reinaldo Ruas marca uma geração. Sua voz forte, seu estilo único, seu amor pelo jornalismo. Nos grupos de WhatsApp de ex-alunos ou colegas de trabalho, todos eram enfáticos e unânimes ao definirem este líder e articulador político ímpar e jornalista que transbordava amor pela profissão. Deixava de lado o tradicional RG ou CNH para mostrar com orgulho sua carteirinha da Federação Nacional dos Jornalistas, a Fenaj, como documento oficial.
Nas salas de aulas, transpirava ao falar sobre ética e edição e, em cada gota derramada, a prova de que fazer o que se ama custa caro. Não tinha medo de inimizades e colocava sempre a credibilidade e a boa apuração em primeiro lugar. Sua sagacidade e profissionalismo eram vistos de longe.
Rígido, ensinou muitos bons jornalistas que se tem atualmente desta forma. Tudo virava pauta e resultava em bons textos. Na mesma grandiosidade da rigidez, estava seu coração, que oportunizou trabalho para tantos jovens em início de carreira. Ainda nos corredores da faculdade visualizava futuros promissores e não temia em fazer o convite para trabalhar com ele ou para ele.
Um bom jornalista não é apenas alguém que relata os eventos do mundo, mas alguém que os ilumina com a luz da verdade e da integridade. Com sua ética rígida e compromisso incansável com os princípios jornalísticos, ele não apenas informava, mas também inspirava confiança e respeito em seus leitores.
Ruas se foi no Dia do Trabalho. Coincidência? Pode ser. Mas, amava sua profissão e fará falta. Morreu novo, tinha muito a oferecer como profissional e pessoa. Sua morte precoce é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e da importância de valorizar cada momento que se tem. Sua falta será sentida não apenas nas redações onde trabalhou, mas em toda a comunidade que ele serviu com dedicação e paixão.
Que sua memória continue a inspirar os jornalistas futuros a seguirem seu exemplo de ética e integridade, e que sua contribuição para o jornalismo seja lembrada e celebrada por muitos anos.