Infelizmente é esperado que mais de 90% das pessoas que viveram, presenciaram, resgataram ou mesmo acompanharam, mesmo a certa distância os últimos acontecimentos no Rio Grande do Sul, tenham reações pós-traumáticas, que são normais do sistema nervoso, previstas e com duração de dias a semanas. “Como os estímulos ainda não cessaram, essa duração pode ser um pouco mais estendida” e será preciso não só o cuidado com a parte física contra as doenças infecciosas, mas também a parte mental.
Os comportamentos são a ansiedade, alteração do humor entre tristeza profunda e otimismo, insônia ou sono agitado, dificuldade em se conectar com pessoas e cuidar dos filhos e familiares, tendência a se isolar ou a falar o tempo todo sobre a experiência, ou não falar nada,
Tanto grave nos adultos serão nas crianças as consequências do trauma que podem regredir, em crianças, comportamentos, como querer chupar chupeta, colo, fraldinhas, e idosos, aumentando a incontinência urinária ou fecal, não se alimentarem sozinhos, insônia, vivenciando um maior processo depressivo, ou de solidão, agora sem abrigo e mesmo falta de familiares
Situação de emoções dolorosas, como angústia, ansiedade, impotência, incapacidade, tristeza, insegurança e incerteza, tornam as pessoas mais idosas vulneráveis.
A orientação dos primeiros cuidados psicológicos para com o idoso:
1. Nunca peça para o idoso relatar o que ele viveu e testemunhou;
2. Não pressione ninguém da terceira idade a falar. Lembre que a conversa deve ser espontânea, e sua função é passar suporte, acolhimento e ajuda;
3. Escolha e converse pessoalmente com o idoso em algum ambiente seguro e silencioso;
4. Seja objetivo e claro nas palavras com o idoso, e não use falas longas;
5. As sugestões deve ser práticas para resolver problemas imediatos. Por exemplo, onde encontrar cuidados médicos, alimentação, abrigo. Atenção, pois os estímulos ainda não cessaram, essa duração pode ser um pouco mais estendida;
6. Esteja calmo e estável emocionalmente ao se prontificar a ajudar alguém;
7. Finalmente mantenha expressões amigáveis e voz calma, fale menos e ouça mais.
No momento, os idosos estão mais ansiosos, alternância de humor entre tristeza profunda e otimismo, dificuldades para dormir, sono agitado, dificuldade em se conectar com pessoas e cuidar dos filhos e familiares, tendência a se isolar ou a falar o tempo todo sobre a experiência, ou não falar nada, e aumento de reatividade a estímulos pequenos.
Você já participou de alguma forma ajudando?