A região de Presidente Prudente tem se mostrado uma importante aliada na conscientização da prevenção e tratamento da doença renal crônica. Na maior cidade desta parte do oeste paulista, além do indispensável trabalho desenvolvido pela Carim (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico e Transplantado), entidade sem fins lucrativos que se propõe a garantir os direitos desses pacientes, oferecer serviços gratuitos e promover campanhas informativas a respeito do diagnóstico precoce, agora há a Appar (Rede de Apoio aos Pacientes Renais de Presidente Prudente e Região), que inaugurou sua sede no Jardim Santa Helena na última sexta-feira.
Conforme noticiado por este periódico, trata-se de uma rede de apoio composta por 12 diretores pacientes renais crônicos, sendo cinco transplantados, cujo intuito é encontrar soluções para facilitar o atendimento a pessoas que convivem com a doença. Entre as atividades, estão a busca por parcerias com laboratórios e médicos de diversas especialidades para proporcionar descontos aos que fazem tratamento em Prudente e levantar recursos a fim de promover atendimento médico vascular para a inserção de acessos venosos a pacientes que não têm condições financeiras para recorrer à rede particular.
A Appar não surge, no entanto, para competir ou substituir o trabalho desenvolvido pela Carim, mas visando somar forças para garantir melhor qualidade de vida aos renais crônicos. Esta é uma doença que não só altera a rotina e os hábitos dos pacientes, mas que lhes exige tempo: três vezes por semana, durante quatro horas por dia, precisam estar em uma unidade de referência para realizar a hemodiálise – tratamento no qual uma máquina filtra e limpa o sangue do indivíduo, desempenhando parte do papel que o rim não pode realizar.
Certamente, a atuação dessas duas entidades, somada ao espírito solidário da sociedade civil, contribuirá para que os anseios dos renais crônicos sejam defendidos e o acesso à uma saúde pública de qualidade se torne possível a todos que precisam de uma cadeira de hemodiálise e estão na fila por um transplante. É por meio desse trabalho coletivo que todos os que convivem com a doença poderão, por consequência, viver com mais dignidade.