Nas últimas semanas, ocorrências de incêndios em áreas de vegetação têm sido frequentes, não apenas na região de Presidente Prudente, mas em níveis nacional e internacional. Conforme o Corpo de Bombeiros, houve um aumento significativo nos registros, uma vez que a estiagem, o tempo seco, calor e os ventos criam um cenário favorável para o início e propagação das queimadas, na maioria das vezes, resultantes da ação do próprio homem.
De acordo com o 1°-tenente-PM Marcos Antonio Machado Junior, do 14º Grupamento de Bombeiros, as queimadas são mais comuns em área rural, propriedades particulares e também em áreas de reserva e beira de estradas. Segundo ele, geralmente, são provocadas propositalmente para realizar a limpeza de um determinado local, no entanto, acabam perdendo o controle do fogo, que se alastra rapidamente devido à vegetação seca e aos ventos.
“É muito difícil identificar os elementos que causaram o incêndio, pois se tratam de áreas extensas de vegetação e as chances destes focos terem sido causados por fatores ambientais e naturais são mínimas”, afirma Machado.
“Temos atendido inúmeras ocorrências de queimadas em toda a nossa área, que abrange a região oeste do Estado, algumas vezes reiteradamente”, lamenta.
Na manhã de ontem, o Corpo de Bombeiros retomou os trabalhos para conter um incêndio de grandes proporções no Parque Estadual do Aguapeí, entre São João do Pau d'Alho e Monte Castelo.
Na sexta-feira, a tentativa de apagar as chamas já durava seis dias, o que contou com apoio de um avião monomotor e diversas viaturas da corporação militar. Conforme a Sima (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente) de São Paulo, até o meio da tarde as equipes ainda estavam no local.
No mesmo dia, bombeiros estiveram em Junqueirópolis para conter um incêndio em canavial – trabalho finalizado no começo da tarde. Além destas, chama a atenção pelo risco da falta de visibilidade, o incêndio ocorrido no final da tarde de quinta-feira, às margens da BR-158, que liga Brasilândia (MS) a Três Lagoas (MS) – cidades vizinhas a municípios do oeste paulista. Na ocasião, a pista precisou ser interditada após a queima de aproximadamente 4 mil hectares de vegetação e floresta de eucalipto.
“Recomendamos para os proprietários de terras para que evitem as queimadas, realizem aceiros na propriedade para que caso aconteça, seja mais fácil de controlar o incêndio em razão do espaçamento criado, principalmente próximo das habitações e edificações”, salienta Machado.
“[Que a comunidade] ajude a coibir a prática de atear fogo em terrenos, mato e lixo, e quando verificar a existência de algum foco de queimada, acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193 e passar a localização do incêndio”.
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