Região fecha fevereiro com 300 novos empregos

Dados divulgados ontem pela pesquisa do Ciesp e Fiesp mostram saldo positivo de 0,80% no número de contratações

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 15/03/2018
Horário 11:14

O Ciesp (Centro de Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou ontem uma pesquisa realizada sobre o nível de emprego regional. O estudo, feito em parceria com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), tem o objetivo de acompanhar a evolução do nível de emprego na indústria paulista, segmentado por ramos de atividade. De acordo com a análise dos dados, no mês de fevereiro a região de Presidente Prudente apresentou um saldo positivo com 0,80% de empregos criados.

No ranking dos destaques, a região ocupa o sexto lugar e fica atrás de Franca (2,8%); Mogi das Cruzes (2,03%); Araraquara (1,35%); Jacareí (0,89%) e Sertãozinho (0,81%). Em fevereiro deste ano, o nível de emprego industrial na Diretoria Regional de Presidente Prudente, composta por 65 municípios, teve a variação satisfatória de 0,80%, que significa o acréscimo de aproximadamente 300 postos de trabalho. No ano passado, o mesmo período apresentou um saldo de -1,41% em contratações, o que indica um decréscimo de 550 postos.

A análise do documento informa que os fatores positivos que mais influenciaram o cálculo do indicador total na região foram os do setor de coque, petróleo e biocombustíveis (3,52%) e confecções de artigos do vestuário e acessórios (1,10%). Ainda segundo a análise, nos últimos 12 meses o setor de metalurgia foi o que mais apresentou aumento de vagas, um total de 20%. Em contrapartida, as indústrias de produtos de minerais não-metálicos apresentou um decréscimo de -20%.

 

Contratação temporária

Para Milton Ribeiro Sobral, presidente do Sindetanol (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Presidente Prudente e região), a porcentagem satisfatória do setor se deve ao motivo de que as usinas da base territorial iniciam a safra entre os meses de março e abril. Ele conta que neste período, há a contratação temporária de novos colaboradores para auxiliarem na colheita dos materiais.

Ainda de acordo com o presidente, após esse período de colheita, que termina em novembro, ocorre um “acentuado número de demissões” para que as novas contratações sejam realizadas quando tiver safra. “Algumas empresas terminam em outubro, mas em nossa região costuma durar mais alguns meses”, finaliza.

Na pesquisa divulgada, o setor de artefatos de couro, calçados e artigos para viagem apresentou uma queda de -4,04% nos novos postos de trabalho. Segundo Antônio Pedro da Silva, representante administrativo de uma empresa do setor, o maior fluxo de produção industrial ocorre entre os meses de março e junho. Desta forma, ele acredita que a baixa no número de novos empregos é consequência deste período. De acordo com Antônio, o número de funcionários em sua empresa varia de 15 a 20, entretanto, no período industrial, há um acréscimo de até 20% no quadro.

A equipe de reportagem entrou em contato com a diretoria da Ciesp para repercutir os dados regionais da pesquisa. No entanto, fomos informados de que os representantes não poderiam conceder uma entrevista na data de ontem.

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