Região de Prudente soma 65 alunos estrangeiros

Para atender estes alunos, cada intuição se prepara de uma maneira.

REGIÃO - Alana Pastorini

Data 30/10/2013
Horário 08:20
 

Presidente Prudente e região somam 65 alunos estrangeiros, sendo 44 nas redes estaduais de ensino, dois nas Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo, 18 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/Unesp), campus prudentino, e um na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). O local de origem dos estudantes envolvem 18 países, sendo que o Japão lidera a lista, com 25 jovens, seguidos do Paraguai (12) e da Alemanha (6).

Para atender estes alunos, cada intuição se prepara de uma maneira. Na rede estadual, por exemplo, conforme expõe a dirigente regional de ensino de Prudente, Naíde Videira Braga, os alunos são acolhidos não somente pelos professores, mas também por outros jovens. "Os docentes, ao verificarem alguma dificuldade, ajudam o aluno a driblar as dificuldades existentes. Em matérias como História e Geografia, eles são preparados passo a passo para compreender o contexto brasileiro", argumenta. Reforça ainda que os próprios brasileiros acolhem os estrangeiros, mostrando receptividade. Os 44 alunos de nacionalidades estrangeiras da rede estadual estão distribuídos entre as Diretorias Regionais de Ensino (DREs) de Adamantina, Mirante do Paranapanema, Presidente Prudente e Santo Anastácio.

No campus de Prudente da FCT/Unesp, são nove estrangeiros estudando na graduação e nove na pós-graduação, sendo eles da Alemanha, Bélgica, Espanha, Colômbia, China, Índia, Japão, México e Paraguai. Sobre as dificuldades enfrentadas, a Assessoria de Imprensa da Unesp expõe que o conhecimento da língua do País escolhido é fundamental para a realização do intercâmbio. Nesse sentido, a entidade busca fornecer apoio formal, por meio de seus professores, e informal, por intermédio de colegas e ações comunitárias, para o melhor aprendizado da língua portuguesa.

Na Toledo são dois estudantes, um do Canadá e outro do Estados Unidos. Para estudar no local, a assessoria expõe que é necessário conhecimento em português, pois a prova do vestibular é no idioma.

Caso o ingresso seja aprovado, porém, detectada alguma dificuldade nos conteúdos lecionados, o departamento esclarece que há um trabalho de nivelamento feito por professores e monitores, com o objetivo de que o mesmo possa se comunicar e, por exemplo, no caso do curso de Direito, conhecer a linguagem específica e jurídica. "A Toledo se prepara para atender todos os que têm dificuldades por meio de monitorias, tutorias, indicação de livros e outras ações como participação em grupos de estudo e pesquisa, onde o estrangeiro treina o discurso", pontua.

Na Unoeste, há uma aluna de Psicologia, vinda do Peru.  A estudante veio para Prudente por intermédio de intercâmbio no segundo semestre de 2012, permanecendo por um ano no curso. O responsável pela Assessoria de Relações Interinstitucionais, Antonio Fluminhan Júnior, pontua que a peruana gostou do curso e da cidade e decidiu permanecer estudando em solo prudentino, realizando o vestibular de inverno, sendo aprovada.

 

Conhecendo outras culturas


O acadêmico do 5° de Direito da Toledo, Zachariah Brian Zagol, veio dos Estados Unidos para morar em Prudente há seis anos. Ele conta que foi difícil prestar o vestibular, pois não possuía muito conhecimento da língua portuguesa, mas mesmo com as dificuldades o americano se empenhou e passou no seu primeiro vestibular brasileiro. "Durante dois anos tive aulas de português particular para aperfeiçoamento. As pedras no caminho existem, mas só depende de nós as superarmos, minha esposa, que é prudentina, me ajudou no começou e os meus colegas de sala também", expõe. Questionado sobre como era o aprendizado das matérias de Direito, Zagol argumenta que se embasa pelas anotações dos outros estudantes. "No começo não compreendia as matérias por intermédio do português falado, por isso utilizo os cadernos dos meus amigos para compreender o conteúdo", finaliza.


País de origem


Os 18 países que originaram os estudantes são: Alemanha, Bélgica, Bolívia, Canadá, Catar, Colômbia, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Japão, México, Paraguai, Peru e Portugal.
Publicidade

Veja também