Desde domingo as cidades vivem os reflexos das eleições. Novos nomes surgiram no cenário político. São prefeitos e prefeitas que antes viviam fora do contexto administrativo dos municípios. No Legislativo também surgiram caras novas.
A cidade teve apenas dois vereadores reeleitos, Baby da EB (PSDB) e Edson Cachorrão (PTB). Voltaram à Câmara Dr. Daniel (PP) e Tico do Transporte Escolar (PTB). Os outros nomes são novos na política. A Câmara Municipal de Presidente Epitácio tem 13 vereadores.
O novo prefeito de Marabá Paulista, Aparecido Sobral (Psol), 62anos, disse à nossa coluna que, após a sua posse, solicitará auditoria das contas públicas ao Ministério Público. Comentou que a cidade está endividada e que precisa iniciar sua administração com segurança e tranquilidade.
Em Presidente Venceslau também houve renovação na Câmara Municipal. Sete vereadores já estavam fora do páreo na disputa das eleições. Três desistiram da candidatura e quatro disputavam as eleições majoritárias. Do restante somente o vereador Beto Coelho (Pode) se elegeu com 303 votos.
Dos políticos tradicionais que disputaram as eleições, somente João Cola (PSDB) está de volta ao Legislativo venceslauense. Foi o mais votado com 975 votos.
As cidades situadas no extremo oeste do Estado de São Paulo agora têm quatro mulheres no comando. Cássia Furlan (PSDB), em Presidente Epitácio, e Rute Almeida (PTB), em Caiuá, se reelegeram. Em Presidente Venceslau e Piquerobi as cidades ganharam prefeitas pela primeira vez na história. São elas, Bárbara Vilches (PV) e Adriana do Bó (MDB).
O número de candidatos aumentou, tanto para prefeitos como para vereadores. Com tanta gente assim, o que não falta no momento são os lamentos dos perdedores. Alguns se sentindo traídos pelos eleitores, outros desanimados. Existe àqueles que demonstram não estarem dando bola, mas uma coisa é certa, a cabeça esquenta de verdade.
Em Santo Anastácio, Duka Bonilha não tomou conhecimento do político mais influente da cidade e venceu as eleições. Tomou o lugar de Roberto Volpe, que tentava a reeleição. A mudança também aconteceu por lá.
Quando Bárbara Vilches se candidatou em Presidente Venceslau todos ficaram surpresos com a sua decisão. Muitos achavam que era apenas uma aventura. A mulher de 33 anos, casada, empresária e formada em Jornalismo virou uma esperança para a cidade.
Andando de casa em casa e com o discurso da “nova política”, Bárbara Vilches acabou conquistando 30% dos eleitores da cidade e, diante de um quadro político antagônico pasmo, se elegeu prefeita, sem nunca exercer um cargo político ou mesmo ser de uma família tradicional nesta área.
Desde eleita, Bárbara vem explicando o que significa o bordão “nova política”. Fala que Presidente Venceslau precisa passar por “diagnósticos” e depois ser implantado o que ela pensa. No meio desta semana visitou Jorge Duran com advogados, seu pai e um profissional da área financeira, para ver os trâmites para iniciar a transição administrativa.
Segundo pessoas que estão saindo do governo Jorge Duran, Presidente Venceslau deve em torno de R$ 100 milhões, o que corresponde a mais de 70% de seu orçamento anual. A nova prefeita vai enfrentar pagamentos altos de precatórios, problemas sérios com o sistema de distribuição de água e ainda o acerto das contas do Ipreven (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais).
O PV (Partido Verde) da prefeita Bárbara Vilches, de Presidente Venceslau, conseguiu eleger apenas um vereador, Bruno Dassie. Ela terá que costurar o apoio da maioria para que seus projetos possam ser atendidos na Câmara Municipal.