A Prefeitura de Pirapozinho anunciou recentemente o reajuste do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). A medida, segundo o prefeito Lucas Padovan dos Santos Pavani (PSD), em vídeo publicado no Facebook, foi “necessária e feita com muito cuidado e responsabilidade”. Ele também ressaltou que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo mostrava que a arrecadação da cidade estava defasada e este foi um dos fatores pelo aumento do IPTU.
Em seu discurso, o prefeito indicou que segurou o reajuste até onde deu. Ele apontou que a alíquota do imposto para casas, que era de 0,19%, foi para 0,30%. Já para terrenos, o reajuste subiu de 0,4% para 1%. “E por que esses valores? Porque são valores baseados em cálculos aqui dentro da administração pública”, disse o chefe do Executivo de Pirapozinho, ao fazer um paralelo do que o município recebe através do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). “Esse valor [do IPVA] fica 50% pro Estado e 50% para o município, diferente do IPTU, que fica 100% para o município”, ressaltou.
“Esse reajuste vai ajudar a manter nossa cidade crescendo, com mais qualidade de vida, mais oportunidades e mais cuidado com todos. Tudo o que arrecadamos com o IPTU fica aqui e é investido para beneficiar a própria população”, complementou Lucas, que convidou a população para tirar suas dúvidas com a equipe de Tributos da Prefeitura. “A equipe está de portas abertas para te atender, explicar e ajudar no que for preciso. Estamos juntos por uma Pirapozinho cada vez melhor!”, finalizou o mandatário.
Até a finalização desta matéria, na tarde desta quarta-feira (23), a caixa de comentários do perfil do prefeito estava com 157 comentários, alguns munícipes revoltados com a medida: “Só uma pergunta para o prefeito: dá para dividir em suaves prestações?”, perguntou um cidadão. “O meu só chega atrasado e quando chega não temos mais como dividir, então vamos verificar para gente”, comentou uma cidadã. “Cadê os empregos? Cadê o distrito industrial?”, questionou um homem.
Outros saíram em defesa do reajuste e do prefeito: “Engraçado que se fosse o prefeito de vocês, duvido que estariam nessa algazarra toda. Lei tem que ser cumprida, se não está bom é só não pagar. Povo chato do baralho [sic], mimimi [sic]”, defendeu um cidadão.
Sobrou até para o tricampeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira em 1970, o canhotinha de ouro Gerson: “Parabéns por explicar de forma clara e lógico as pessoas de bem entendem e compreendem. A Lei do Gerson tem que acabar. Parece que ainda vive a Lei do Gerson, que é você tem que levar vantagem sempre ou em tudo! Isso é uma vergonha!”, exclamou um outro cidadão. “Sim, tem que ter coragem mesmo. A administração está ótima”, opinou uma munícipe.
O reajuste esquentou o debate. Uma cidadã elogiou a medida: “Prefeito, só podemos cumprimentá-lo pela coragem de fazer o que precisa ser feito. A maioria dos remédios não é doce. Só não vê quem não quer enxergar [sic] como a nossa cidade em quatro anos mudou literalmente [sic]. Por todos os cantos são obras prontas e outras em construção. Para obter o progresso tem que haver investimento. Siga em frente”, agradeceu. “Investimento saindo do bolso do trabalhador é triste... Ainda mais com tantos cargos de confiança ‘desnecessários’”, contrapôs uma outra cidadã.
Um comentarista da publicação, por sua vez, preferiu o meio termo: “Mas como reclamar não resolve nada e não paga nada, ou a gente paga ou a gente paga”.
