Há quase dois anos o mundo vive um pesadelo que, com certeza absoluta, a maioria das pessoas jamais imaginaria que poderia viver tal situação. Nem mesmo os mais antigos, como costumamos dizer dos mais experientes, não esperavam vivenciar tal caos essa altura de suas vidas depois de tantas coisas que já vivenciaram. A Covid-19 assustou, assusta e ainda assustará por muito tempo se o ser humano não entender a gravidade da situação.
Esta semana a nova do momento, “fresquinha”, por assim dizer, é a questão de muita gente estar tumultuando nas portas de alguns lugares querendo escolher, isso mesmo ESCOLHER, qual vacina tomar. Atualmente, em nosso país temos quatro vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sendo aplicadas: a Coronavac, que é a de origem chinesa; a AstraZeneca, de inglesa; e Pfizer e a Janssen, ambas, norte-americanas.
“Enes” são as justificativas das pessoas para não quererem tomar os imunizantes que estão sendo oferecidos nas unidades. Será que não entendem que isso pode atrapalhar, comprometer todo o plano de vacinação dos municípios, dos Estados, de seu país?
Nada mais justo que pessoas que se recusem a tomarem a vacina que está sendo ofertada para sua faixa etária naquele momento seja automaticamente passada para o final da fila do último grupo a ser imunizado.
Trazemos uma reportagem na edição de hoje que fala sobre o assunto e uma das fontes é o médico infectologista Luiz Euribel Prestes Carneiro, do HR (Hospital Regional) Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, hospital este que durante estes dois anos atendeu milhares de pessoas com Covid-19, e que muitas delas saíram de lá direto para o cemitério. Parece ser cruel escrever dessa forma? Pode ser, mas foi exatamente o que aconteceu.
E ele presenciou isso muitas vezes. Ele tem visto muitas famílias sofrerem com a perda de entes queridos. Ele tem presenciado o cansaço dos colegas, ele tem se cansado com plantões exaustivos. Com lutas diárias, esforços frenéticos para salvar o máximo de vidas e agora vem pessoas querer escolher qual vacina tomar?
Tenham dó, este não é o momento de fazer gracinhas, mas de ser sensato e pensar em conjunto e não no próprio umbigo.
É como diz o médico: “É falta de cidadania, de ética e de responsabilidade social querer escolher a vacina a ser aplicada. Ao me proteger, estou protegendo o meu próximo, podendo ser meu irmão ou parente próximo que, ao se infectar, poderá perder a vida ou sofrer consequências físicas e mentais que não sabemos por certo até quando vão durar [Síndrome Pós-Covid]".
Entendeu? Ou tem que desenhar?