Que tal uma "memória de elefante"? É possível?

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 11/09/2024
Horário 05:00

Você com certeza já ouviu a expressão “memória de elefante”. Isto pelo fato dos elefantes lembrarem de lugares, de fatos novos e antigos e de outros elefantes com uma precisão inimaginável.
Sabemos que uma memória notável é crucial para a independência e autonomia na terceira idade, possibilita termos atividades do cotidiano sem depender de pessoas. Assim, boas memórias são sustentadas por um cérebro com boa estrutura na região do hipocampo e os lobos temporais bem desenvolvidos.
Mas voltando um pouquinho sobre memória do elefante e a nossa na essência, temos os mesmos moldes de funcionamento, mas em graus e aplicações diferentes. Muitos animais também conseguem processar informações diferentes de nós a partir dos seus sentidos.
Podemos ter memórias muito acima da média que pode ser treinada através de estratégias de memorização que melhoram em muito a performance ou possuir até a síndrome da supermemória – chamada de “Memória Autobiográfica Altamente Superior”.
Portanto, quando há treino para melhorar a memorização de algum tipo de informação, a área do cérebro correspondente a esse processamento passará por adaptações, para responder a esses novos estímulos.
Na terceira idade, reforçar a capacidade de memorização nos cérebros das pessoas é muito parecida nas populações e o que faz uma pessoa ter um desempenho prático melhor que outras está mais ligado aos hábitos, estilos de vida. 
Podemos gravar informações e conseguir recordar de detalhes específicos com clareza e precisão quando percebemos que habilidades comuns em pessoas que são mais curiosas, atentas começa observar tudo em seu redor.
Assim, chegamos ao ponto que para ter a famosa “memória de elefante” depende da curiosidade e da vontade de aprender, pois contribuem para a retenção e memorização de informações. 
Mas muita atenção, na terceira idade, não basta reter, é preciso ser detalhista o suficiente para organizar mentalmente as informações observadas, criando associações com outros conhecimentos.
Infelizmente existe um mito que associa o envelhecimento com perda de memória, porém, quando uma pessoa cuida da saúde e mantém um estilo de vida ativo fisicamente e intelectualmente, é perfeitamente normal envelhecer mantendo o funcionamento da memória. 
Quando treina estratégias de memorização, a neurociência explica a melhora do desempenho por meio dos estudos da neuroplasticidade.
Observou que estilo saudável de vida é o primeiro passo para a manutenção da memória e para que se mantenha ou aumente, a curiosidade é o segundo passo.
Seja observador de tudo ao seu redor e faça perguntas e responda tudo. Assim, ficarão as informações e terá contribuído para boa memória.

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