Quase 60 horas sem celular... Pra quê?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 04/09/2024
Horário 05:00

No dia 23 de agosto, às 22h15, logo após ter recebido uma mensagem, que acredito que, totalmente fora da lógica em responder devido ao prazo, mesmo entendendo o outro lado da necessidade de sua resposta. Nada diferente daquilo que já vimos e ouvimos todos os dias. Confesso que, em menos de 30 segundos, e muito sem pensar, resolvi desligar o celular a partir daquela hora. Pensei comigo: voltar 50 horas depois, no mínimo, já sentindo e vendo no que poderia acontecer, mesmo sabendo que poderia ficar impaciente por não ter o celular ligado. Essa minha tentativa prática se fez valer das 22h15 desse dia, até 26 de agosto às 7h05. Para ser mais exato, 57 horas! 
Evidentemente que, apesar dos dias, e das atribuições que grande parte de nós já aderiu, podemos considerar ser impraticável essa ação nos dias de hoje (desde que você queira e assuma), ficar por um tempo sem o celular ligado. Sinto e percebo quão ainda teremos esse prazer pela busca do que realmente muitos querem, mas que nem tentaram devido o que realmente vale a sua presença, isto é, é preciso estar atento a tudo que está acontecendo no mundo, mesmo que valha a minha tranquilidade, descanso, paciência e, principalmente, a minha saúde mental.
Novidade nenhuma, pois ainda continuamos os nossos encontros presenciais, sejam eles nos grupos de trabalho, na vida social e, principalmente, familiar, o que podemos considerar esse último como fator primordial devido o que a vida valha a sua intenção. E, por fração de segundos, a grande maioria ainda valoriza a utilização dos celulares de maneira intensa, simplesmente desvalorizando os nossos encontros presenciais. 
Confesso que ninguém soube, mas eu resolvi de maneira muito peculiar não expor essa minha tentativa, pois em alguns dias de impaciência, me vi diante de muita gente, principalmente os mais próximos, muito mais preocupados com o que pode estar acontecendo no mundo, rolando a telinha, do que em alguns instantes nos dar um certo tempinho de sua atenção. Acredito que a maioria ainda não irá impor limites, mesmo quando estiverem presentes, que nossa atenção seja primordial nesses momentos, e que aconteça o que acontecer esse nosso contato deverá ser muito mágico, devido o que já havíamos combinado: fazer desse momento o mais próximo de nossas conversas e do que pretendemos de nossas vidas daqui algum tempo. 
Pode não parecer, mas as evidências já caminham para isso, principalmente na procrastinação daquilo que muitos almejam, as horas longe daquilo que tanto nos faz crescer ou adoecer pode não ter a mesma intensidade quando usado com leveza e disciplina na sua plenitude. Cada um faz aquilo que melhor lhe convém, porém ninguém está longe de ficar refém do que pode nos afetar.  E aí?
 

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