Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem de depressão e pelo menos 18 milhões têm algum distúrbio ligado à ansiedade. Visando conter esse cenário é que foi criada, em 2014, a campanha Janeiro Branco, que visa colocar em evidência a saúde mental e emocional das pessoas, além de conscientizar a sociedade e promover a prevenção dos transtornos mentais. Em 2023, a campanha Janeiro Branco tem como lema “A vida pede equilíbrio”. E é justamente a incapacidade de saber equilibrar as coisas que leva muitas pessoas a terem problemas psicológicos, conforme afirma Gabrielli Felix Vieira, psicóloga da Unimed de Presidente Prudente.
“O mês de janeiro foi escolhido para discussão da temática, pois se trata de um mês em que as pessoas param para refletir, fazer planos e projetos pessoais para o ano. Então, é muito importante que a saúde mental esteja inserida nesse planejamento para que as nossas realizações e conquistas sejam possíveis”, cita a profissional.
Segundo a psicóloga, mais do que fazer parte do planejamento anual, o cuidado com a saúde mental deve ser prioridade na rotina, sobretudo após a pandemia da Covid-19. “Hoje temos praticamente uma pandemia na área da saúde mental, então cada um precisa cuidar de si mesmo. Cada ser humano é único e precisa entender o que faz sentido na vida”, ressalta.
AÇÕES NECESSÁRIAS
Ainda assim, de acordo com ela, existem hábitos que podem ser incorporados no dia a dia para evitar os distúrbios mentais e melhorar a qualidade de vida. “Ações como se desconectar de eletrônicos e se conectar mais com pessoas, procurar ter momentos de lazer, viajar, ler, assistir filmes, dançar e fazer exercícios, ajudam a nossa mente a funcionar melhor”, afirma.
Ainda assim, caso perceba dificuldades na resolução de problemas diários, cansaço excessivo e dependência emocional, a psicóloga aconselha que a pessoa busque o apoio de um profissional da área. “A primeira meta deve ser sempre cuidar de você, já que se você não estiver bem todo o restante vai mal. Por isso, ao menor sinal é importante buscar o acompanhamento médico e profissional”, completa Gabrielli.