Dois prudentinos integram a Seleção Brasileira de Beisebol, que vai disputar em Sarasota, na Flórida, nos Estados Unidos, o torneio World Cup U-18 com início nesta sexta-feira. Trata-se do receptador Nickolas Kayo de Oliveira, 17 anos, e o arremessador Emannoel Madeira, 16 anos.
Coração de mãe não se aguenta de tanto orgulho! É o que conseguem expor a do lar, Maria Madalena da Silva, 48 anos, mãe de Emannoel, que é convocado pela quarta vez para a seleção e a comerciante Alessandra Kayo, mãe de Nickolas, estreante na equipe.
“É um orgulho muito grande para nós mães e ficamos aqui na expectativa, na torcida. Sabemos que não será fácil porque os adversários que eles pegaram são muito fortes, mas temos fé e esperança que tudo vai dar certo!”, exclama Madalena.
“Estou muito esperançosa porque terá muitos olheiros por lá. Vai dar tudo certo, se Deus quiser e ele vai conseguir em breve fechar um contrato. Ontem quando eles foram embora eu queria muito ter ido até São Paulo com eles, mas não pude. Passei a noite chorando [risos], pela distância, mas, sobretudo, de felicidade por ele ter conseguido mais essa vitória”, exalta Alessandra.
Segundo a mãezona Madalena, a primeira vez que Emannoel esteve na seleção brasileira ele tinha apenas 9 anos. Mas bateu asas e voou para morar fora de casa aos 13 quando ganhou uma bolsa de estudos para o Centro de Treinamento da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol)/Yakult, em Ibiúna (SP), onde também está Nickolau desde 2020.
“Lá ele leva uma vida normal como se estivesse em casa. Estuda, treina, não pode ir mal na escola. Quando ele foi faltavam 20 dias para completar 13 anos. No começo a gente fica com o coração apertado, mas hoje tenho total confiança nos profissionais que tomam conta dele mesmo”, expõe Madalena.
Alessandra também sentiu o coração apertado quando Nickolas foi para o CT, mas ela teve a consciência de que os filhos são criados para o mundo. “Eu não podia por um capricho meu não deixar ele trilhar o que ele quer. O que ele gosta. Ele se dedicou, treina muito. É muito focado, quer isso pra vida dele. Esse é o plano A dele. O plano B depois a gente vê, uma faculdade de Educação Física, alguma outra coisa assim”, salienta Alessandra.
A mãe de Emannoel conta que seu filho foi a primeira vez para um campo de beisebol com apenas 4 aninhos. Ela sempre o acompanhava, mas de repente parou de levá-lo. Passado um tempo, Emannoel pediu para voltar e Madalena então nunca mais parou porque percebeu que era o que o filho realmente queria fazer.
“Ele gosta do esporte. Ele respira beisebol. Sei que estão sendo observados para fechar contrato. É emocionante saber que um filho seu vai participar de um mundial em que muitos praticam e poucos conseguem. É muito orgulho”, se alegra Madalena emocionada.
Nickolas de Alessandra começou com 12 anos, ficou quase dois anos e meio só de banco, não jogava, depois passou a ser titular e ai foi embora. Em 2020 fez uma seletiva para entrar no CT, ganhou a bolsa assim como Emannoel, mas com a chegada da pandemia cortaram, fechou tudo. “Ele voltou pra casa e, em 2021, retornou a gente pagando, pois a liga ainda não tinha voltado com os patrocínios e ficou naquele abre e fecha, vem e vai. Então treinando mesmo ele está do final de 2021 para cá. E graças a Deus ele fez a seletiva para a seleção e conseguiu. Agora é hora de torcer e agradecer a Deus”, agradece a mãe de Nickolas que já vê o caçula Gustavo, de 12 anos, trilhando os mesmos caminhos do irmão de quem se orgulha tanto!
Cedidas
Emannoel Madeira esteve na seleção brasileira pela primeira vez aos 9 anos
Nickolas Kayo de Oliveira estreia na seleção aos 17 anos