Você sabia que não foi o brasileiro Adhemar Ferreira da Silva que inventou a volta olímpica, após vencer no salto triplo, durante os Jogos de Helsinque na Finlândia, em 1952? E que em 1936, durante o evento esportivo realizado em Berlim, Adolf Hitler, que pregava a superioridade ariana, não se negou a cumprimentar Jesse Owens, negro, que havia acabado de conquistar o ouro? Se não sabia, vai poder aprender a partir desta quinta-feira, quando chega às livrarias, o livro "2016 histórias que fizeram 120 anos de Olimpíadas". O trabalho é fruto de muita pesquisa e dedicação do jornalista e escritor prudentino Adalberto Leister Filho, em parceria com Guilherme Costa.
A ideia da obra surgiu durante o lançamento de outro trabalho desenvolvido pela dupla, nos tempos em que trabalharam juntos na Rede Record. "Ele sabia que eu estava em outro projeto, mas soltou essa e topei. Demos muito certo juntos, pois participamos de grandes coberturas olímpicas e, ao longo da carreira, acumulamos muita experiência relacionada ao assunto. Em toda viagem comprávamos livros e tinha muita coisa legal que nunca tinha saído no Brasil. Faltava trazer à tona", revela Adalberto.
Ele conta que na divisão retratou 1.008 delas. "Tem coisa que não é bem assim como propagam", afirma.
O evento de lançamento está marcado para ocorrer hoje, na Livraria da Vila, em São Paulo.
Nomes
"2016 histórias" conta com prefácio escrito pelo também jornalista Álvaro José. "Trabalhamos juntos na Record e estávamos muito próximo, adquirimos uma ligação muito bacana", lembra.
Adalberto expõe ainda que para os próximos dias, outro livro sairá "do forno". Neste, juntamente com Luís Augusto Símon, Menon, retrata "Gol de Ouro: História do Futebol nos Jogos Olímpicos". "Foi mergulhar no desconhecido, já que não existe nada especifico. Então, surgiu a partir de um livro que trazia um fragmento, uma referência aqui, outra ali, e principalmente pedindo ajuda dos amigos", detalha.
Uma ligação
O prudentino, que hoje trabalha no site Máquina do Esporte, conta que a parceria com Símon surgiu lá atrás, quando ainda era um iniciante no jornalismo esportivo. "Nós trabalhamos no Lance, e ele é de uma geração mais velha que a minha. Eu tinha profunda admiração por ele. Quando saí do Lance disse a ele que a minha frustração era que nunca tivemos a oportunidade de assinar uma matéria juntos. Aí um dia, do nada, ele me ligou e disse que queria escrever um livro", conta.
Adalberto fala que tocou ambos os projetos de forma simultânea, no entanto, o de futebol precisou de um empenho a curto prazo. "Estava muito atrasado e eu tive apenas 11 dias para escrever. Entregamos no prazo, em 30 de abril. Jornalista aprende a dosar o tempo", completa.
Adalberto Leister Filho é formado em jornalismo pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e História pela USP (Universidade de São Paulo). "Com 18 anos vim para São Paulo estudar e acabei ficando", diz.
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Currículo
Adalberto Leister Filho
Iniciou a carreira no jornal Lance. Na sequência foi repórter na Folha de São Paulo, em 2009. Acumula ainda passagens por Rede Record e pelo site Máquina do Esporte. É também professor na Universidade Anhembi Morumbi e FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).