Prudente tem a 13ª maior fila de espera do Estado

Dezessete cidades da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo somam, juntas, 5.579 pessoas na fila única de espera por cirurgias eletivas, de acordo com dados referentes ao mês de junho da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, disponibilizados pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Em relação a todos os municípios estaduais que compõem o ranking, Presidente Prudente aparece na 13ª colocação com o maior número de pacientes que aguardam algum tipo de procedimento não urgente. São 2.801 no total. Já na comparação com as cidades regionais, a capital do oeste paulista surge na liderança, seguida por Dracena, com 2.166 pessoas.

Com o objetivo de reduzir a fila, a pasta estadual deverá viabilizar 348 cirurgias eletivas até o fim deste ano na região, o que atende 6,23% da demanda existente. Os procedimentos são executados pelo HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Prudente; Hospital Estadual de Porto Primavera, no distrito de Rosana; e AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Dracena. O mutirão é promovido pela secretaria, que busca oferecer 3 mil cirurgias extras além das 20 mil realizadas mensalmente. As unidades terão agendas adicionais para antecipar procedimentos para seus pacientes, sendo que tais atendimentos, nas mais diversas especialidades, foram previamente programados com as pessoas já inscritas em cada unidade.

A reportagem solicitou uma entrevista com o diretor do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde), em Prudente, Jorge Yochinobu Chihara, para repercutir o quadro descrito, no entanto, a secretaria comunicou que o posicionamento seria enviado por meio de nota. Em resposta, esclarece que a demanda reprimida por esses procedimentos não urgentes é uma realidade nacional, causada principalmente pela defasagem na tabela de valores de procedimentos hospitalares do Ministério da Saúde, congelada há anos e que não cobre os reais valores dos atendimentos.

“Todos os anos, o governo federal deixa de enviar ao Estado de São Paulo R$ 1 bilhão relativos a atendimentos feitos na rede pública. Por isso, a conta não fecha e há espera de pacientes para cirurgias”, justifica a secretaria estadual. Procurada, a pasta federal não se manifestou sobre a afirmação no período de dois dias.

Cobertura

De acordo com o Ministério da Saúde, são consideradas cirurgias eletivas os procedimentos de média e alta complexidades, como pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa; cirurgias das glândulas endócrinas; cirurgias do sistema nervoso central e periférico; cirurgias das vias aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço; cirurgias oftalmológicas e oncológicas; cirurgias do aparelho circulatório e digestivo; e cirurgias do aparelho osteomuscular.

Maiores filas de espera do Estado

1 - São Paulo - 25.544;

2 - Franca - 10.053;

3 - Araçatuba - 6.394;

4 - São José do Rio Preto - 6.292;

5 - São José dos Campos - 6.216;

6 - Itapetininga - 3.683;

7 - Bauru - 3.190;

8 - Guarulhos - 3.034;

9 - Jacareí - 3.031;

10 - Sorocaba - 2.929;

11 - Santo André - 2.862;

12 - Andradina - 2.819;

13 - Presidente Prudente - 2.801;

14 - Osasco - 2.431;

15 - Hortolândia - 2.175.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde/Conselho Federal de Medicina

Fila única de espera por cirurgias eletivas na região

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde/Conselho Federal de Medicina