De janeiro até novembro, o Programa Municipal DST/Aids confirmou 40 novos casos de HIV em Presidente Prudente. São 12 casos a mais (42%) dos 28 registrados em todo ano passado. Do total deste ano, 34 (85%) resultados positivos foram de homens e seis de mulheres. Já no ano passado, a unidade identificou 22 homens infectados com o vírus e seis mulheres. A incidência maior (neste caso não só em Prudente, mas também na região), conforme apontado pelo órgão, é entre os homens de 20 a 35 anos.
Atualmente, 835 pessoas com HIV são acompanhadas pelo programa na cidade. No entanto, segundo o coordenador do Programa DST/Aids, Jefferson Antonio Saviolo, estes são dados de pacientes atendidos na unidade municipal, não englobando possíveis tratamentos realizados na rede estadual – neste caso, no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.
Além destes dados, o órgão de saúde realizou até neste mês, cerca de 9,9 mil exames da doença. Neste aspecto, Jefferson esclarece que as quantidades de testes variam dependendo do mês e das campanhas especiais que ocorrem. "Há meses que podem ser feitos até 1,4 mil exames, depende da ação promovida", cita. O representante afirma também que o exame engloba quatro testes: de HIV, sífilis e hepatites B e C.
Índices da doença
O coordenador municipal esclarece que o aumento não significa, necessariamente, que os casos de infecção do vírus HIV estejam crescendo, mas, sim, podem ser um reflexo da procura pelos testes da doença que foram maiores neste ano. "Uma vez que são feitos mais exames, pode aumentar o número de casos positivos", sinaliza.
Jefferson esclarece que, hoje, a população abaixou um pouco "a guarda" e é visível que falta uma conscientização, por parte de algumas pessoas, quanto à importância e necessidade de prevenção na hora da relação sexual. Pontua que isso pode seguir alguns fatores, um deles é a questão dos medicamentos que existem para o tratamento da doença, o que deixou as pessoas "mais tranquilas" quanto à doença. Porém, ressalta que o medicamento vai acompanhar o portador do vírus pela vida toda e é algo que ocasiona efeitos colaterais. "A melhor opção é se prevenir, usar camisinha sempre", orienta.
Atendimento
O representante esclarece que, caso o paciente faça o exame e o resultado seja positivo, o mesmo é encaminhado ao Programa Municipal DST/Aids para realização de novos exames. Além de novos testes, Jefferson frisa que a pessoa será acompanhada por uma equipe multiprofissional. "São profissionais capacitados e preparados para acolher e orientar esse novo paciente", comenta.
Quanto ao tempo de espera para o resultado dos exames, o coordenador diz que varia de acordo com o número de testes que a pessoa pretende fazer. Ou seja, se optou por realizar exames das quatro doenças (HIV, sífilis e hepatites B e C), o tempo gira em entre 30 minutos e 40 minutos. Se o texto englobar apenas HIV e sífilis, o representante diz que o resultado gira em torno de 25 minutos.
Além disso, o profissional explica que o programa municipal realiza ações de prevenção e testagem não somente neste período, mas, sim, no ano todo, inclusive levando os testes para profissionais do sexo, caminhoneiros, população de rua, detentos, entre outros.
Sobre o tratamento, Jefferson lembra que consiste na ingestão diária de um ou mais comprimidos e que é feito de forma gratuita na rede municipal de saúde.
