O 1º Encontro de Ferreomodelismo de Presidente Prudente e Região acontecerá em 30 de julho, das 9h às 18h, nas dependências da Via Hobby Modelismo, localizada na Rua Caramuru, 360, na Vila Maristela. O evento reunirá diversos amantes deste hobby e também marcará a inauguração oficial do clube de ferreomodelismo da cidade
O evento é organizado pelo Clube do Ferreomodelismo de Presidente Prudente e conta com o apoio da Frateschi, única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.
De acordo com o organizador do evento e presidente do clube, Michel Tanury Macruz, já estava na hora de a população da região de Presidente Prudente receber este encontro. “Nossa região reúne muitos praticantes de ferreomodelismo e decidimos que era o momento de realizar um evento como este, agora com a situação um pouco melhor em relação à pandemia, mas é claro que seguiremos todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19”, afirma.
Segundo Paulo Alberto Alvim Franzini, vice-presidente do clube, o público poderá conhecer algumas maquetes e obter informações sobre este hobby. “O ferreomodelismo, ou modelismo ferroviário, é a porta de entrada a um mundo cheio de expectativas e realizações. Mostras, encontros, convenções e shows de ferreomodelismo são uma ótima justificativa para viajar e conhecer novos lugares e pessoas, além de passeios de trem por lugares exóticos e fantásticos”, considera.
"Seja para relaxar, divertir-se, desestressar ou mesmo cultivar o amor pelas ferrovias, muitas pessoas têm aderido ao hobby do ferreomodelismo, afinal, o trem elétrico é uma opção para quem está procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, que ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando", completa.
Em Presidente Prudente, algumas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura. Paulo Alberto Alvim Franzini, de 59 anos, iniciou-se neste hobby em 1984 e, hoje, possui mais de 160 locomotivas e 200 vagões. “Adquiri o gosto pelos trens com o tempo, pois viajei muito na época da Fepasa [Ferrovia Paulista S/A] e o fascínio por eles é grande. Estou até construindo uma maquete onde quero rodar toda a minha coleção. Já a ideia de fundar um clube deu-se pelo fato de a cidade reunir alguns praticantes deste hobby”, explica Paulo Alberto, que tem contato quase diário com o hobby, sempre fazendo customizações, alterações, funilaria, pinturas e modificações em suas locomotivas e vagões.
O sociólogo Nilton Cezar Costa gosta de trens e modelismo desde criança, quando tinha três anos. “Passei a gostar deles de tanto ver os antigos trens da extinta Fepasa em minha cidade natal, Adamantina. E caso venha a ter filhos, espero que eles se encantem pelo mundo do modelismo ferroviário”, diz Nilton, que aproveitou o período de pandemia para se dedicar ainda mais ao hobby. “De certa maneira, ela fez com que me aproximasse mais dele nas hora vagas”, pontua.
O ferromodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
“O ferromodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, comenta Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos.
"As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferromodelismo para as futuras gerações”, expõe Lucas.