Prudente registra 249 casos de leishmaniose em cães em 2024

UVZ intensificou ações de chipagem e coleta de sangue para diagnosticar e prevenir a doença, que pode ser fatal tanto para animais quanto para seres humanos

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 29/03/2025
Horário 04:05
Foto: Rovena Rosa/ABr
Em 2024, UVZ de Prudente efetuou 7.888 coletas de sangue e 3.666 chipagens em animais
Em 2024, UVZ de Prudente efetuou 7.888 coletas de sangue e 3.666 chipagens em animais

A Prefeitura de Presidente Prudente informa que foram confirmados 249 casos positivos de LVC (leishmaniose visceral canina) ao longo do ano passado. Em relação à quantidade de registros nos primeiros meses de 2025, a administração municipal disse que o número de novos casos “ainda não foi tabulado”.

O cenário de contaminações por conta da leishmaniose visceral canina - doença grave que pode ser fatal tanto para os animais quanto para os seres humanos - no município gera preocupação entre moradores e profissionais de saúde. 

Recentemente, a UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses) intensificou as medidas de controle e prevenção da doença. Neste sentido, o órgão tem realizado um cronograma de plantões para a chipagem e coleta de sangue de cães, com foco no diagnóstico da LVC. Além de oferecer os serviços, os plantões nos bairros visam conscientizar os moradores sobre a importância dos cuidados com seus animais de estimação. 

Em 2024, a unidade efetuou 7.888 coletas de sangue e 3.666 chipagens, totalizando mais de 75 mil animais microchipados desde o início do projeto. 

Diretrizes e orientações

Segundo a UVZ, quando o diagnóstico de leishmaniose canina é confirmado, a unidade segue as diretrizes do Ministério da Saúde. “O tratamento é realizado com miltefosina (Milteforan), o único medicamento licenciado para cães no Brasil. Embora eficaz no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida, a doença não tem cura definitiva e exige acompanhamento constante do veterinário. 

Contudo, o tratamento com miltefosina pode ser caro, o que pode ser um grande obstáculo para muitos tutores. “Em casos em que a doença está em estágio avançado ou o tratamento não é eficaz, ou até mesmo quando o custo do tratamento inviabiliza a continuidade, a eutanásia pode ser considerada”, explicou o órgão.

Além do tratamento, a UVZ orienta os tutores a adotarem medidas preventivas para reduzir a incidência da leishmaniose visceral canina. Entre as recomendações estão:

•    Higienização do ambiente: Manter residências e quintais limpos e livres de matéria orgânica, como fezes de animais, restos de alimentos e vegetação densa, que servem de abrigo para o mosquito-palha, vetor da doença;

•    Uso de coleiras repelentes: Essas coleiras ajudam a proteger os cães contra a picada do mosquito transmissor;

•    Realização de exames periódicos: Considerando que a maioria dos casos de leishmaniose em cães é assintomática, a detecção precoce por meio de exames regulares é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes.

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