A Prefeitura de Presidente Prudente informa que foram confirmados 249 casos positivos de LVC (leishmaniose visceral canina) ao longo do ano passado. Em relação à quantidade de registros nos primeiros meses de 2025, a administração municipal disse que o número de novos casos “ainda não foi tabulado”.
O cenário de contaminações por conta da leishmaniose visceral canina - doença grave que pode ser fatal tanto para os animais quanto para os seres humanos - no município gera preocupação entre moradores e profissionais de saúde.
Recentemente, a UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses) intensificou as medidas de controle e prevenção da doença. Neste sentido, o órgão tem realizado um cronograma de plantões para a chipagem e coleta de sangue de cães, com foco no diagnóstico da LVC. Além de oferecer os serviços, os plantões nos bairros visam conscientizar os moradores sobre a importância dos cuidados com seus animais de estimação.
Em 2024, a unidade efetuou 7.888 coletas de sangue e 3.666 chipagens, totalizando mais de 75 mil animais microchipados desde o início do projeto.
Segundo a UVZ, quando o diagnóstico de leishmaniose canina é confirmado, a unidade segue as diretrizes do Ministério da Saúde. “O tratamento é realizado com miltefosina (Milteforan), o único medicamento licenciado para cães no Brasil. Embora eficaz no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida, a doença não tem cura definitiva e exige acompanhamento constante do veterinário.
Contudo, o tratamento com miltefosina pode ser caro, o que pode ser um grande obstáculo para muitos tutores. “Em casos em que a doença está em estágio avançado ou o tratamento não é eficaz, ou até mesmo quando o custo do tratamento inviabiliza a continuidade, a eutanásia pode ser considerada”, explicou o órgão.
Além do tratamento, a UVZ orienta os tutores a adotarem medidas preventivas para reduzir a incidência da leishmaniose visceral canina. Entre as recomendações estão:
• Higienização do ambiente: Manter residências e quintais limpos e livres de matéria orgânica, como fezes de animais, restos de alimentos e vegetação densa, que servem de abrigo para o mosquito-palha, vetor da doença;
• Uso de coleiras repelentes: Essas coleiras ajudam a proteger os cães contra a picada do mosquito transmissor;
• Realização de exames periódicos: Considerando que a maioria dos casos de leishmaniose em cães é assintomática, a detecção precoce por meio de exames regulares é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes.